O empresário Danillo Coelho de Sousa, alvo da Operação Carbono Oculto 86, usou o depoimento à Polícia Civil, nesta quinta-feira (6), para tentar se colocar como vítima no esquema de lavagem de dinheiro do PCC em postos de combustíveis. Ele e a mulher, Thayres Leite Moura, prestaram depoimento no DRACO (Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), acompanhados de advogados.
De acordo com uma fonte do portal Piauí Hoje, Danillo adotou postura tranquila durante o interrogatório, mas deixou transparecer que se enxerga como "o lado fraco" do grupo investigado, numa tentativa de transferir a responsabilidade do suposto crime a outros envolvidos, como o sócio Haran Santhiago Girão, que depôs pela manhã na sede da Secretaria de Segurança Pública do Piauí.
Longe das cenas de ostentação que publicava em redes sociais, como fotos em jatinhos, o casal compareceu de forma discreta e acompanhado de advogados. Os depoimentos estão sob sigilo policial porque as investigações seguem em andamento.
Danillo e Thayres tiveram os passaportes apreendidos. Ele foi interceptado no Aeroporto de Teresina; ela, notificada a entregar o documento.
Danilo Coelho chega ao DRACO com ar de tranquilidade Operação mira "braço financeiro" do PCC no Piauí
A Operação Carbono Oculto 86 desmontou uma estrutura de lavagem de dinheiro montada com empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs, ligada à Rede de Postos HD, de Danillo e Haran. O grupo é suspeito de atuar como braço financeiro do PCC no estado.
Segundo o delegado Laércio Evangelista, coordenador do DRACO, a investigação identificou pelo menos 70 CNPJs usados no esquema. A rede ainda adulterava combustíveis, o que motivou a interdição de 31 postos no Piauí.
De acordo com informações obtidas pelo portal Piauí Hoje, a Polícia Civil já teria encaminhado ao Ministério Público e à Justiça pedido de prisão preventiva contra os investigados. A decisão judicial é aguardada a qualquer momento e pode determinar a prisão de Danillo, Haran e familiares envolvidos.
Semblante de preocupação, diferente dos momentos de ostentação nas redes sociais
Fonte: SSP-PI
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