A Operação Carbono Oculto 86, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio de postos de combustíveis da Rede HD, repercutiu na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). O deputado estadual Francisco Limma (PT), vice-presidente da casa, comentou, na manhã desta quinta-feira (06), o desdobramento da ação, elogiando o fato de a polícia ter alcançado, em suas palavras, a "turma do andar de cima", numa referência a investigados com poder econômico.
Limma afirmou que a Alepi tem aprovado matérias apresentadas pelo Executivo para combater o crime organizado no estado. No entanto, ressaltou como diferencial da operação o fato de ela ter mirado também os "ricos", empresários e chefes do crime que movimentam grandes quantias, e não apenas pessoas em situação de vulnerabilidade, que atuariam como "peões" do esquema.
“O que é que tem de diferente nisso? A segurança do Piauí tem tomado algumas medidas, feito operações no sentido de barrar esses avanços, até em desdobramento de operações nacionais, e sem mortes. Então faz a prisão não só de pobres, mas também dos ricos, de pessoas que estão envolvidas com algum tipo de criminalidade, especialmente de forma organizada. Setores estratégicos, como é o caso do combustível”, declarou o parlamentar.
A operação
A Operação Carbono Oculto 86 foi deflagrada na quarta-feira (5) pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí, com execução de mandados no Piauí, Maranhão e Tocantins. Segundo o DRACO (Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), o esquema usava uma complexa rede de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar recursos do tráfico.
Até o momento, a polícia identificou 70 CNPJs suspeitos de integrarem o esquema. A Rede HD, cujos proprietários são investigados, como os empresários Danillo Coelho e Haran Santhiago Girão, teve 31 postos interditados no Piauí.
A operação segue em andamento, com pedido de prisão preventiva para os envolvidos.
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