A Secretaria da Fazenda do Piauí (Sefaz) espera recuperar aproximadamente R$ 20 milhões aos cofres públicos após o trabalho realizado na Operação Carbono Oculto 86. O setor de inteligência da Sefaz atuou para desvendar um grande esquema de lavagem de dinheiro com suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A equipe da Fazenda analisou dados fiscais e financeiros que revelaram movimentações suspeitas, emissão de notas fiscais frias, adulteração de combustíveis e a atuação de empresas de fachada. A investigação também descobriu postos de combustíveis funcionando sem autorização da ANP (Agência Nacional de Petróleo), além de fraudes tributárias milionárias. A partir dessas informações, foram abertas 15 ordens de serviço de fiscalização, que já estão em andamento contra empresas diretamente envolvidas no esquema.
“Essa operação é um marco na integração entre os órgãos de investigação e de controle fiscal. A Sefaz tem se estruturado para atuar com rigor e eficiência no combate à lavagem de dinheiro, sonegação e ao financiamento de organizações criminosas”, afirmou o secretário da Fazenda, Emílio Júnior.
Além da recuperação do valor, a Sefaz vai pedir a quebra de sigilo bancário dos investigados e fazer uma auditoria completa no patrimônio das empresas. Se forem confirmadas irregularidades graves, as empresas poderão ter suas atividades proibidas no Piauí. A secretaria já estendeu a fiscalização para outros setores, já que há indícios de que o esquema criminoso ia além do setor de combustíveis.
Segundo o diretor da Unidade de Fiscalização (Unifis), Edson Marques, a Sefaz segue acompanhando o caso e já prepara a ampliação da fiscalização para outros setores econômicos, diante de indícios de que o esquema não se limita ao ramo de combustíveis.