Polícia

SEM PASSAPORTES

Empresários do Piauí suspeitos de lavar dinheiro do PCC são retidos no aeroporto em SP

Eles foram interceptados pela Força Estadual de Segurança Pública e a Gerência de Operações e Investigações Criminais

Da Redação

Quinta - 06/11/2025 às 02:56



Foto: Reprodução Empresários localizados no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo
Empresários localizados no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo

Os empresários Haran Santiago Girão Sampaio e Danilo Coelho de Souza, donos da rede de postos HD, foram localizados e interceptados pela Polícia Civil do Piauí no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na noite desta quarta-feira (5). Eles estariam tentando embarcar para Foz do Iguaçu, no Paraná. E tiveram de entregar seus passaportes por ordem judicial.

Ainda não havia ordem de prisão contra eles. A abordagem no aeroporto de Guarulhos foi realizada por equipes da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP) e da Gerência de Operações e Investigações Criminais (GOIC), que já monitoravam os suspeitos desde a deflagração da Operação Carbono Oculto 86, no Piauí.

Haran a Danilo saíram de Teresina na terça-feira (04), um dia antes da Operação Carbono Oculto 86, o que levanta suspeitas de vazamento de informações sobre a ação policial. Na terça-feira, a pedido dos investigadores, o  juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, determinou a apreensão dos passaportes dos empresários e suas respectivas esposas, Thamyres Leite Moura Sampaio e Thayres Leite Moura Coelho. Eles deverão entregar seus passaportes em até 48 horas. 

A decisão do juiz é a mesma que autorizou os mandados de busca e apreensão nas residências e empresas investigadas por integrar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Além da retenção dos passaportes, o juiz determinou o sequestro de mais de R$ 348 milhões bloqueados em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas.

Os quatro investigados também deverão cumprir as seguintes determinações judiciais:

  • Comparecimento obrigatório sempre que intimados;
  •  Proibição de ausentar-se da Comarca de Teresina ou mudar de endereço sem autorização judicial;
  • Proibição de manter contato com outros investigados, por qualquer meio — inclusive redes sociais, aplicativos de mensagens ou por intermédio de terceiros.

Apesar da gravidade dos fatos, o magistrado negou o pedido de prisão temporária dos empresários, entendendo que as medidas cautelares seriam suficientes para garantir o andamento das investigações.

Em sua decisão, o juiz destacou o elevado poder aquisitivo da família, que possui inclusive aeronave própria, o que facilitaria eventual tentativa de fuga do país.

A Operação Carbono Oculto 86 segue em andamento e tem como foco desarticular um complexo esquema de lavagem de dinheiro e fraudes fiscais envolvendo empresas de combustíveis e empresários piauienses ligados a facções criminosas.

Fonte: SSP-PI

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