
Apesar de haver quórum para votação em Plenário, já que havia 20 deputados presentes na sessão plenária desta quinta-feira na Assembleia Legislativa, a Proposta de Emenda Constitucional aprovada mais cedo nas comissões de técnicas, que possibilita a posse de deputados estaduais em cargos de direção de autarquias e fundações, o que é vedado pela Constituição Estadual.
Como seriam necessários 18 votos a favor da PEC para que ela fosse aprovada, os líderes do Governo, João de Deus (PT), e do PMDB, deputado João Mádison, preferiram não correr risco de ver todo o esforço de meses de negociações do PMDB e todo a discussão da parte da manhã ser desperdiçada por causa da pressa em votar a matéria.
A oposição protestou na Comissão de Constituição e Justiça e depois mais tarde em plenário, argumentando que a PEC era inconstitucional e que o governador Wellington Dias estava governando o Piauí por decreto, com envios de PECs para muar a lei.
O deputado João de Deus sustentou que propostas semelhantes foram aprovadas em outros seis estados. "Então está sendo feito aqui também para que o Pablo Santos assuma a Fundação sem o menor problema", admitiu a liderança do Governo na Assembleia.
A proposta deve ser votada na segunda-feira (20), mesma data em que acontece no Palácio de Karnak a posse dos nove novos coordenadores do Estado. A posse de Pablo Santos, que deveria acontecer na mesma solenidade, deverá ser adiada para uma outra data, pois vai depender da aprovação da PEC pelo Plenário do Legislativo.
Fonte: Paulo Pincel