Elon Musk pode desempenhar um papel central na dinâmica entre Donald Trump e o Brasil durante o governo Lula, avaliam membros do Executivo brasileiro. Embora a expectativa inicial seja de que o presidente americano mantenha uma postura indiferente em relação ao Brasil, fatores externos, como a influência de Musk, podem reconfigurar esse cenário.
No mandato anterior de Trump, a relação com o Brasil foi marcada pela ausência de interferências significativas, mesmo quando o ex-presidente Jair Bolsonaro buscou aproximação direta, chegando a declarar “eu te amo” ao republicano em um discurso na ONU. Agora, a avaliação de diplomatas e integrantes do governo Lula é de que o bilionário dono do X (antigo Twitter) pode impactar a relação bilateral, especialmente se decidir confrontar o Brasil em temas sensíveis.
Musk já enfrentou tensões com o país, incluindo um episódio em que sua plataforma ficou fora do ar no Brasil por cerca de 40 dias, devido ao descumprimento da legislação local. Na ocasião, o restabelecimento do serviço exigiu a criação de uma representação formal da empresa no território nacional, em conformidade com a lei.
Apesar disso, o presidente Lula reforça que não busca conflitos diplomáticos. “Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia”, declarou o líder brasileiro.
Há comparações com a relação entre Lula e George W. Bush em 2002, quando, apesar de ideologias opostas, os dois mantiveram uma convivência diplomática produtiva. No entanto, analistas consideram que repetir esse cenário com Trump seria improvável, especialmente se Musk adotar uma postura de enfrentamento direto durante a gestão republicana.
Fonte: Com informações do Diário do Centro do Mundo