O Governo do Piauí tem intensificado ações para reduzir acidentes e mortes no trânsito, especialmente entre motociclistas, que lideram os registros de óbitos no estado. Dados do Observatório do Trânsito da Secretaria da Segurança Pública (SSP-PI) apontam que, só até junho de 2025, foram contabilizadas 505 mortes em acidentes, sendo 71% das vítimas sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Entre as principais medidas, estão o programa CNH Social e Motociclista Protegido, a ampliação da fiscalização e o lançamento do Pacto Estadual pela Redução de Acidentes no Trânsito, com apoio de diversos órgãos.
O programa CNH Social oferece 10 mil carteiras de habilitação gratuitas por ano, com foco em motociclistas. A iniciativa também exige matrícula na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e inclui a distribuição de capacetes. A meta é alcançar 60 mil CNHs gratuitas até 2030.
Já o Pacto Estadual pela Redução de Acidentes, lançado em 2023, articula o Detran, SSP, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos em torno de três eixos: educação, fiscalização e infraestrutura. A proposta está alinhada ao Plano Nacional de Redução de Mortes no Trânsito (Pnatrans) e à Nova Década de Segurança da ONU, com o objetivo de reduzir em 50% o número de mortes até 2030.
Outras ações incluem as operações “Porteira Fechada”, da Delegacia do Meio Ambiente, e “Manejo de Animais”, da PRF, focadas no recolhimento de animais soltos nas rodovias — uma das principais causas de acidentes no interior do estado. Além da remoção dos animais, os proprietários são identificados e autuados.
Segundo o Observatório do Trânsito, os resultados já começam a ser sentidos:
Junho de 2025 registrou queda de 24% nas mortes em relação ao mesmo mês de 2024
No 1º trimestre, a redução foi de 7,32% nos óbitos e de 17,2% nos acidentes
O governador Rafael Fonteles destacou, em entrevista na terça-feira (1º), que a estratégia visa salvar vidas com base em medidas estruturais e sociais. “Não podemos normalizar mortes por causas evitáveis. Investimos em estradas, fiscalização e acesso à habilitação, para transformar esse cenário cultural de risco”, afirmou.
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