
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou, nesta segunda-feira (26), a condenação da ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, por sua participação direta nos ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Segundo a PGR, Pâmela, casada com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), enfrenta cinco acusações no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo tentativa de golpe de Estado e depredação de patrimônio público.
No parecer assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Pâmela é identificada como “executora material das invasões”. O texto afirma que ela invadiu as sedes dos Três Poderes em Brasília e destruiu bens públicos. A PGR destacou, ainda, que Pâmela levou seu filho, que na época tinha 12 anos, para os atos criminosos. Em um vídeo divulgado por ela mesma, Pâmela questiona o filho: “Estamos fazendo o que aqui?”, e ele responde: “Estamos fazendo história... tirar o Brasil da mão do comunismo tirano”. Esse episódio gerou questionamentos judiciais, com Ricardo Coutinho pedindo a guarda do filho, e as imagens mostram Pâmela dentro do Congresso Nacional, gravando vídeos e tirando fotos ao lado do menino.
Em sua defesa, Pâmela argumenta que sua presença nos ataques teve caráter de “cobertura jornalística”, uma justificativa baseada em sua formação em jornalismo pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Ela também afirmou que o filho não a acompanhou, alegando que ele estava de férias com tios. Contudo, a PGR refutou essa versão, afirmando que os elementos de prova nos autos contradizem a narrativa de Pâmela e demonstram sua participação ativa nos crimes.
Pâmela Bório se tornou conhecida publicamente como apresentadora de telejornais em emissoras afiliadas da Rede Globo e do SBT entre 2001 e 2010. Em 2008, ela foi coroada Miss Bahia. No ano seguinte, iniciou um relacionamento com Ricardo Coutinho, com quem se casou em 2011, mas o casamento terminou em 2015.
Em 2015, Pâmela denunciou o ex-marido por agressão, o que resultou em uma ação judicial em janeiro de 2018. Segundo ela, durante uma discussão, duas parentes de Coutinho a agrediram. Em 2018, Pâmela foi acusada de dano qualificado ao danificar o portão da granja de Coutinho, ao tentar invadir o local, mas foi absolvida. Ela alegou que tentava sair rapidamente por temer mais agressões.
Este novo capítulo envolvendo Pâmela Bório revisita sua trajetória de aparições públicas, sua ligação com o ex-governador e sua relação com os eventos que marcaram os ataques de 8 de janeiro.
Fonte: Brasil 247