Em uma operação coordenada em oito estados e no Distrito Federal, a Polícia Federal (PF), com apoio do Exército Brasileiro, cumpre neste sábado (27) mandados de prisão domiciliar contra figuras centrais da trama golpista. A medida, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ocorre poucas horas após a captura do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, que já foi entregue à PF após tentar fugir pelo Paraguai.
O objetivo é o isolamento dos condenados dos Núcleos 2, 3 e 4, impedindo novas tentativas de evasão e restringindo a articulação do grupo durante o recesso judiciário.
Os mandados atingem desde ex-assessores presidenciais até oficiais de alta patente do Exército:
Filipe Martins: Ex-assessor internacional de Bolsonaro (Núcleo 2 - monitoramento de autoridades).
Marília Alencar: Ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça (Núcleo 2).
Carlos Rocha Moretzsohn: Autor de relatório sobre urnas para o PL (Núcleo 4 - desinformação).
Militares (Núcleo 3 - Planejamento de ações contra autoridades):
Bernardo Romão Correa Neto (Coronel)
Fabrício Moreira de Bastos (Coronel)
Guilherme Marques Almeida (Tenente-coronel)
Sérgio Cavalieri (Tenente-coronel)
Ângelo Denicoli (Major da reserva)
Ailton Barros (Major)
Giancarlo Rodrigues (Subtenente)
Os condenados agora estão submetidos a um "cerco digital e social". As medidas cautelares incluem o recolhimento domiciliar em tempo integral, uso de tornozeleira eletrônica, proibição total de redes sociais, veto a visitas e contato com outros investigados e entrega imediata de passaportes e suspensão de porte de armas.
Entenda os Núcleos da Condenação
Depois da tentativa de fuga de Silvinei, Moraes determinou as medidas contra outros condenados nos processos da trama golpista na Primeira Turma da Corte. Os alvos fazem parte do núcleo dois, três e quatro. No núcleo dois estão aqueles condenados por monitorar autoridades e tentar impedir votação de eleitores nas eleições de 2022.
O núcleo três era formado por militares, entre eles os chamados “kids pretos”, condenados pelo planejamento de neutralização de autoridades públicas, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Já os condenados do núcleo quatro foram acusados de disseminar desinformação e atacar autoridades.
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