
O governador do Piauí, Rafael Fonteles, avaliou com cautela a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tratar da manutenção da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em determinadas operações de crédito. Fonteles destacou em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (3), a importância do equilíbrio entre os poderes, mas reiterou a defesa do arcabouço fiscal e de uma reforma tributária justa e progressiva.
“O ideal é que haja harmonia entre os poderes. Às vezes há conflitos, e cada poder busca exercer as suas prerrogativas constitucionais. Acredito que haverá consenso e equilíbrio, mas o mais importante é o cumprimento do arcabouço fiscal, que é fundamental para dar credibilidade às finanças públicas do Brasil e do Piauí”, afirmou o governador.
Fonteles também reforçou sua posição histórica em defesa de um sistema tributário mais justo, com cobrança proporcional à renda. “Sou do campo político do presidente Lula e defendo que devemos fazer justiça tributária, onde quem ganha menos pague menos e quem ganha mais, pague mais proporcionalmente. Esse é o modelo econômico mais eficiente e justo”, disse.
Além da reforma tributária, o governador ressaltou a necessidade de aprimorar o uso dos recursos públicos. “Também é essencial melhorar a qualidade do gasto público, para garantir mais eficiência e resultados concretos para a população”, completou.
A ação movida por Lula no STF tenta reverter a decisão do Congresso Nacional que derrubou o veto presidencial à isenção do IOF em empréstimos, o que, segundo o governo federal, afeta diretamente as metas fiscais previstas no novo arcabouço.
Confira a entrevista do governador Rafael Fonteles à imprensa: