Após da decisão da Justiça Eleitoral de cassar o mandato da prefeita de Piripiri, Jôve Oliveira (PT), e seu vice-prefeito Hilton Osório, a gestora municipal usou as redes sociais para se manifestar. Em vídeo, Jôve Oliveira afirmou que respeita as instituições e tranquilizou a população, afirmando que assim que for notificada formalmente da decisão, entrará com recurso imediato no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Em seu pronunciamento, a gestora declarou que está "absolutamente convicta de que o tribunal corrigirá esse equívoco". "Não houve em momento algum abuso de poder no processo eleitoral. O povo foi às urnas livremente. Foram mais de 7 mil votos, uma expressiva votação que reflete o reconhecimento da população”, comentou Jôve.
A prefeita também reforçou que permanecerá no exercício pleno do mandato até o julgamento definitivo do processo pela Justiça Eleitoral. Ela finalizou mencionando que os fatos alegados na ação já foram examinados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que, segundo ela, não identificou irregularidades nas condutas.
"Recebemos com absoluta tranquilidade a decisão da Justiça Eleitoral. Confiamos no devido processo legal e reafirmamos que, assim que formos oficialmente notificados, ingressaremos de imediato com o recurso competente no Tribunal Regional Eleitoral, para resguardar a vontade soberana de mais de 27 mil cidadãos piripirienses que legitimamente nos escolheram nas urnas.
Sigo com serenidade, de cabeça erguida, trabalhando todos os dias pelo desenvolvimento da nossa Capital do Mundo, com o mesmo compromisso, transparência e amor por Piripiri.
A verdade sempre prevalece."
JUSTIÇA CASSOU MANDATO POR ABUSO DE PODER POLÍTICO
A prefeita de Piripiri, Jôve Oliveira (PT), teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder de político, abuso de autoridade e uso indevido dos meios de comunicação para obter autopromoção e vantagem eleitoral. A decisão é do juiz José Eduardo Couto de Oliveira, da 11ª Zona Eleitoral de Piripiri.
A ação foi movida por uma coligação adversária, que denunciou o uso sistemático de rádios e TV do município para promover a imagem pessoal da prefeita, em vez de divulgar ações institucionais. Segundo a denúncia, entrevistas frequentes, quadros fixos e reportagens exaltando a gestora foram veiculados de forma contínua, especialmente em ano eleitoral.
De acordo com o processo, a prefeitura manteve contratos anuais que somavam aproximadamente R$ 645 mil com emissoras de rádio e TV. O Ministério Público Eleitoral e o juízo entenderam que esse espaço, custeado com recursos públicos, foi utilizado para enaltecer a prefeita, com inserções personalizadas, menções diretas ao seu nome e discursos comparativos com gestões anteriores.
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