Uma colisão frontal entre um caminhão carregado de farinha de trigo e um carro modelo Gol resultou na morte de quatro pessoas no final da tarde desta sexta-feira. O acidente ocorreu por volta das 16h30, nas proximidades da cidade de Timon, na BR-316.
De acordo com informações preliminares, os veículos trafegavam em sentidos contrários. O Gol seguia no sentido Caxias a Timon, enquanto o caminhão fazia o caminho inverso. O choque foi extremamente violento, deixando o carro de passeio completamente destruído. O caminhão, por sua vez, saiu da estrada e caiu em um barranco e teve sua cabine arrancada, ficando a uma distância considerável do restante da carroceria.
Testemunhas contaram que o motorista do Gol tentou ultrapassar outro veículo e se chocou de frente com o caminhão em alta velocidade sem tempo para manobra para evitar o desastre.
Não houve sobreviventes. Morreram todos os três ocupantes do Gol e o motorista do caminhão. Até o fechamento desta reportagem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda não havia chegado ao local para iniciar os procedimentos oficiais, e os nomes das vítimas ainda não haviam sido identificados para a divulgação.
Trecho da BR-316 é historicamente perigoso
O acidente aconteceu a poucos quilômetros da entrada de Timon, no trecho que liga os municípios de Caxias e Timon. Este não é um caso isolado. A BR-316, especialmente nesse segmento no estado do Maranhão, é constantemente palco de acidentes graves, sendo considerado um trecho rodoviário de alto risco.
Os dados mais recentes do Anuário Estatístico da PRF (2023) revelam a dimensão da insegurança viária no estado. Em 2022, o Maranhão registrou 4.389 acidentes nas rodovias federais que cortam o estado. Esses sinistros resultaram em 3.819 feridos e 369 mortes. Acidentes de colisão frontal, como o ocorrido nesta sexta-feira, estão entre os mais letais, frequentemente associados a ultrapassagens indevidas, imprudência e falhas na sinalização.
Especialistas em trânsito apontam que a combinação de fatores como excesso de velocidade, ultrapassagens arriscadas e, em alguns casos, más condições do pavimento, contribuem para que esse trecho mantenha tristes estatísticas.
A expectativa é de que, com a chegada da PRF ao local, seja possível desvendar as causas exatas do acidente, identificar as vítimas e fornecer mais esclarecimentos às famílias.
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