
O Ministério da Defesa da Ucrânia lançou uma campanha para convocar brasileiros e pessoas de outros países sul-americanos para se alistar ao Exército do país durante a guerra contra a Rússia.
Em um vídeo publicado nesta sexta (28), a pasta lista o que os voluntários vão receber. “O governo ucraniano lhes fornece tudo o que precisam: comida, vestuário, equipamento de proteção, armas e dinheiro. Durante o período de participação em operações de combate, o salário pode chegar aos US$ 4,5 mil”, diz o vídeo. O valor representa cerca R$ 26 mil na cotação atual.
O governo afirma que “o mais importante é a formação” e que o Exército local tem treinado “operadores de drones, médicos de combate e operadores das armas mais avançadas”. “Uma oportunidade única de conseguir uma profissão que trará rendimentos para o resto da sua vida”, prossegue. Veja:
No site para inscrição, o governo estabelece requisitos como ter entre 18 e 60 anos, não possuir antecedentes criminais ou doenças crônicas, estar em bom estado físico e conseguir entrada legal para o país. O governo ucraniano informa que “as Forças Armadas não fornecem vistos e não cobrem custos de viagem”.
O governo diz que existem vagas disponíveis para soldados em posições de artilharia e em tanque ou técnicos de veículos aéreos não tripulados (UAV). O processo para recrutamento tem uma série de etapas, que passa pela aplicação inicial, avaliação de documentos, discussão de “motivação” e testes de “aptidão física e avaliações psicológicas”.
Não se sabe exatamente quantos brasileiros foram ao país como voluntários, mas há relatos de que existem entre 30 e 40 atuando na Ucrânia. No início do conflito, mais de 100 pessoas que viviam no Brasil se disponibilizaram para lutar.
Segundo o Itamaraty, 12 brasileiros morreram na guerra entre fevereiro de 2022 e dezembro de 2024. A ONG Memorial Internacional de Voluntários da Ucrânia afirmou, em 15 de janeiro, que o número subiu para 16.
Fonte: Diário do Centro do Mundo