Esportes

RACISMO

Cinco torcedores são condenados por racismo contra Vini Jr. em jogo da La Liga

Corte de Valladolid aplica penas de prisão e multa, mas torcedores evitam reclusão ao cumprirem restrições de acesso aos estádios

Da Redação

Quarta - 21/05/2025 às 13:00



Foto: Jessé Guiler, AESP-AG Vini Jr, vítima de racismo na Espanha
Vini Jr, vítima de racismo na Espanha

Nesta quarta-feira (21), a Corte Provincial de Valladolid condenou cinco torcedores do Real Valladolid a um ano de prisão e multas de até US$ 1.620 (R$ 9.153), por crimes de ódio cometidos durante um jogo da La Liga em dezembro de 2022. Os torcedores haviam feito gritos racistas contra Vinicius Junior, jogador brasileiro do Real Madrid, enquanto ele passava perto da torcida rival após ser substituído.

No entanto, os condenados não precisarão cumprir a pena de prisão, desde que não cometam novos crimes e se comprometam a ficar três anos sem entrar em estádios para assistir a jogos de futebol. Esse tipo de pena, que é inferior a dois anos, raramente exige prisão na Espanha para pessoas sem histórico criminal.

A decisão foi possível graças aos esforços da La Liga, a primeira a apresentar a queixa, com o apoio do jogador Vinicius Junior, do Real Madrid e do Ministério Público. Em um comunicado, a La Liga celebrou a sentença como um passo importante na luta contra o racismo no esporte.

O caso não é o único

Esta sentença é considerada um marco na Espanha, pois, ao contrário de outras decisões anteriores que tratavam o racismo como um agravante de crimes contra a moral, agora ele é especificamente reconhecido como um crime de ódio. A La Liga destacou que esta mudança envia uma mensagem clara de que o racismo não será tolerado no futebol.

Este caso não é isolado. No ano passado, em junho, três torcedores do Valencia foram condenados a oito meses de prisão por ofensas racistas contra Vinicius. Em setembro, outro torcedor foi condenado por abusos raciais contra Vinicius e o jogador Samuel Chukwueze, do Villarreal, mas teve sua pena suspensa após pedir desculpas e fazer um treinamento antidiscriminação. Contudo, ele também foi banido dos estádios por três anos.

A condenação recente em Valladolid reforça o compromisso das autoridades espanholas e do futebol em punir o racismo de forma mais rígida e eficaz.

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