
A renda média real do trabalhador brasileiro alcançou R$ 3.484 no trimestre encerrado em julho de 2025, o maior valor para o período da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que o rendimento teve alta de 1,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% frente ao mesmo período de 2024. Já a massa de rendimentos, que soma os ganhos de todos os trabalhadores, também bateu recorde, chegando a R$ 352,3 bilhões, após crescer 2,5% no trimestre e 6,4% em um ano.
Mercado de trabalho em expansão
Paralelamente à melhora da renda, o país registrou queda no desemprego. A taxa de desocupação caiu para 5,6%, o menor patamar desde 2012. O número de desocupados recuou para 6,1 milhões de pessoas, queda de 14,2% no trimestre e 16% em 12 meses.
O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, chegou a 58,8%, também recorde histórico. O contingente de ocupados foi estimado em 102,4 milhões de brasileiros.
Subutilização em queda e menos desalento
A taxa composta de subutilização, que reúne desempregados, subocupados e pessoas que poderiam trabalhar mas não procuram emprego, caiu para 14,1%, a menor da série. Em termos absolutos, são 16,1 milhões de pessoas, após queda de 8,8% no trimestre e 12,4% no ano.
O desalento também recuou, atingindo 2,7 milhões de pessoas, redução de 11% em relação ao trimestre anterior e 15% frente a 2024.
Recordes no trabalho formal e público
O emprego formal teve crescimento expressivo. No setor privado, o número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39,1 milhões, recorde da série, com alta de 3,5% em um ano. Já o setor público empregava 12,9 milhões de pessoas em julho, um aumento de 3,4% no trimestre.
O trabalho por conta própria também bateu recorde, alcançando 25,9 milhões de ocupados, após crescimento de 1,9% no trimestre e 4,2% na comparação anual. A informalidade, por outro lado, apresentou leve recuo, representando 37,8% dos ocupados.
Setores que puxaram a renda e a ocupação
Alguns setores se destacaram na geração de postos de trabalho e no avanço dos rendimentos. Frente ao mesmo período de 2024, houve crescimento expressivo na indústria geral (+580 mil pessoas), no comércio (+398 mil) e no transporte (+360 mil).
Na renda, as maiores altas ocorreram na agricultura (+7,2%), na construção (+7,0%), nas atividades de informação e comunicação (+5,3%) e nos serviços públicos, saúde e educação (+3,2%).
Fonte: Brasil 247