Brasil

DEPOIMENTO

Ex-secretário de Bolsonaro admite plano de assassinar Lula

Mário Fernandes era Secretário Geral da Presidência no governo Bolsonaro; plano incluia ainda o assassinato de Moraes e Alckimin

Da Redação

Quinta - 24/07/2025 às 20:17



Foto: Isac Nóbrega / Presidência da República Bolsonaro e o general Mario Fernandes em quartel do Exército em Goiânia
Bolsonaro e o general Mario Fernandes em quartel do Exército em Goiânia

O Ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL), confirmou que foi autor do plano ''Punhal Verde e Amarelo'', cujo objetivo era assassinar autoridades brasileiras, dentre eles, o presidente Lula (PT). Declaração foi dada durante depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quinta-feira (24).

Em depoimento, Fernandes afirmou que o documento foi apenas ''um pensamento digitalizado". Questionado sobre ter feito três cópias do documento no Planalto em dezembro de 2022, o general se diz arrependido.

"Não me lembro de ter impresso em três cópias. Acho que foram três folhas, não três cópias. Se foram três cópias, acredito que seja relativo à configuração da impressora que estava em uma impressão anterior, me arrependo de ter digitalizado isso'', disse.

General da reserva, ele teve sua prisão decretada em novembro do ano passado, após a Polícia Federal encontrar em seus equipamentos eletrônicos o plano "Punhal Verde e Amarelo", com uma estratégia detalhando diferentes cenários para matar o presidente Lula, o seu vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes (STF).

Plano Punhal Verde e Amarelo

O plano denominado “Punhal Verde Amarelo” é uma tentativa de golpe atribuída à generais do Exército Brasileiro, com suposto apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. A conspiração envolvia seis militares das Forças Especiais, conhecidos como “Kids Pretos”, e teria como objetivo impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022. 

Inicialmente previsto para o dia 12 de dezembro de 2022, data da diplomação dos vencedores da eleição, o golpe foi adiado para o dia 15 devido a atrasos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O plano incluía ações extremas, como o assassinato de Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin, além do ministro do STF Alexandre de Moraes por envenenamento, disparos de armas ou explosões.

Fonte: UOL

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: