
A formação de bancos de areia no leito do rio Parnaíba, entre o Porto dos Tatus e o Delta, tem dificultado a vida de barqueiros, turistas e comunidades que dependem da navegação na região. O problema foi levado à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) pela deputada Gracinha Mão Santa (PP), e, em resposta, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a responsabilidade pelas ações agora é do Governo do Estado, por meio da Companhia Porto Piauí, em convênio com o Ministério de Portos e Aeroportos.
Por meio de nota, a Porto Piauí confirmou que é responsável pela operação da Hidrovia do Parnaíba e pela implantação de obras para recuperar o leito do rio e facilitar a navegabilidade. Entre as principais intervenções estão:
Dragagem: retirada dos bancos de areia e sedimentos acumulados, abrindo caminho para as embarcações.
Derrocamento: remoção de pedras ou obstáculos sólidos que atrapalham a passagem no rio.
Segundo a Companhia, parte dos serviços será custeada com recursos do fundo de desestatização da Eletrobrás, que soma cerca de R$ 995 milhões. A execução ficará a cargo da própria Eletrobrás, com base no projeto apresentado pela Porto Piauí. O início das obras depende ainda da aprovação do projeto pela Eletrobrás e da liberação do licenciamento ambiental. A previsão é que as intervenções comecem no primeiro semestre de 2026.
A deputada frisou a importância em melhorar a navegabilidade da área e disse que a dificuldade de acesso ao Delta tem provocado a diminuição do fluxo turístico, afetando pousadas, restaurantes, guias de turismo e toda a cadeia produtiva que depende da visitação à região. "Com menos turistas, há menos geração de emprego e renda, agravando os desafios socioeconômicos de comunidades que têm no turismo e na navegação sua principal fonte de sustento”, alerta a deputada.
Confira à nota na íntegra
A Companhia Porto Piauí informa que, por efeito do convênio firmado com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), assumiu a responsabilidade pela operação da Hidrovia do Parnaíba, bem como de suas infraestruturas acessórias, como de alguns terminais ao longo do rio. Nesse sentido, a Companhia tornou-se delegatária para implantação de obras de melhoria de navegabilidade e recuperação do leito do rio.
As principais intervenções previstas são obras de dragagem e derrocarem. Parte desses serviços de manutenção serão realizados com orecursos destinados do fundo da desestatização da Eletrobrás, que soma cerca de R$ 995 milhões.
O recurso será executado pela Eletrobrás de acordo com o projeto apresentado pela Companhia Porto Piauí, e a região do Delta do Parnaíba será beneficiada. Entretanto, o início dos trabalhos depende da anuência da Eletrobrás sobre o projeto de recuperação e do licenciamento ambiental.