A II Feira da Agricultura Familiar, Povos Tradicionais e Economia Solidária do Piauí, que encerrou neste sábado (25), implementou no Espaço Rosa dos Ventos da UFPI um sistema especial para o manejo dos materiais descartados durante os três dias de evento. Como resultado dessa iniciativa sustentável, foram coletados 250 kg de resíduos que serão destinados para compostagem, evitando a emissão de 475 kg de dióxido de carbono na atmosfera. Essa quantidade de carbono corresponde ao que seria capturado por 79 árvores ao longo de cinco anos de crescimento.
A startup de impacto socioambiental Ninho Verde foi a responsável pela gestão dos resíduos da feira. Segundo a empresária Lígia Rocha, um total de 100 lixeiras feitas de papelão para resíduos orgânicos e recicláveis estavam espalhadas no espaço do evento. “O fato de elas serem de papelão, já não têm plástico, então, não agride o meio ambiente. As lixeiras são separadas em dois tipos de resíduo, que é o seco e o molhado, que é o que a gente devia fazer em qualquer lugar. Então, a partir das lixeiras, você já tem educação ambiental, porque as pessoas param, olham e dizem: ‘onde é que eu vou colocar meu lixo?’”, disse Lígia Rocha.
A Cooperativa de Trabalho em Economia Solidária (COOPCATA 3R's) ficou responsável pela coleta e seleção de todos os resíduos recicláveis. Márcia Regina de Alencar, presidente, catadora, educadora ambiental e climática da Cooperativa, considera importante a Feira ter um modelo sustentável. “É uma forma de ir envolvendo outras pessoas de outros serviços da economia solidária e popular”, disse, explicando que havia 12 catadores, principalmente mulheres.
A secretária de Agricultura Familiar (SAF), Rejane Tavares, ressaltou que as ações de proteção ao meio ambiente na feira começaram com a própria definição do tema do evento, que foi “Futuro Sustentável”. “Estamos trabalhando com duas empresas, uma somente de mulheres, para que esse trabalho de gestão de resíduos seja produtivo para todos”, destacou.
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