Saúde

TRANSPALNTES

Transplantes são seguros e salvam vidas, dizem entidades

"Eu acredito no sistema", diz transplantado

Da Redação

Terça - 15/10/2024 às 09:00



Foto: Divulgação/ Governo do Estado do Rio de Janeiro Transplantes são seguros e salvam vidas
Transplantes são seguros e salvam vidas

Claudio Cezar Alves da Silva, de 58 anos, recuperou sua qualidade de vida graças ao Sistema Nacional de Transplantes. Diagnosticado em 1994 com uma doença renal, ele passou por sessões frequentes de hemodiálise até conseguir um transplante de rim. Agora, na fila para receber seu terceiro rim, Silva se tornou um defensor do sistema que já o salvou outras vezes.

“Eu confio bastante, o sistema tem credibilidade”, afirma Silva, que é presidente da Associação dos Renais e Transplantados do Estado do Rio de Janeiro. Ele trabalha para ajudar outros pacientes e suas famílias a acreditarem nos tratamentos e a cuidarem da saúde, incentivando a confiança nos transplantes quando necessário.

“A hemodiálise te mantém vivo, mas nada é melhor do que voltar à sua liberdade. O principal fator para ter qualidade de vida e durabilidade do órgão transplantado é o cuidado diário, incluindo alimentação e exercícios”, explica.

Silva ficou surpreso ao saber que pacientes transplantados no Rio de Janeiro haviam sido infectados por HIV. “Imagina a expectativa e, de repente, vem esse baque. Você não pode deixar isso te derrubar. Erros acontecem, mas vamos continuar”, defende.

O Sistema Nacional de Transplantes é considerado o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, garantido a toda a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que financia cerca de 88% dos transplantes no Brasil, conforme o Ministério da Saúde.

Os transplantes podem salvar vidas, especialmente de órgãos vitais como o coração, e devolver a qualidade de vida em casos como o de rins. Com o transplante, é possível aumentar a expectativa de vida e restabelecer a saúde, permitindo a retomada das atividades normais.

Segurança do Sistema

O caso do Rio de Janeiro é inédito, e rapidamente entidades médicas e de saúde, incluindo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e o Ministério da Saúde, saíram em defesa do sistema. O presidente da Sociedade Brasileira de Córnea (SBC), José Álvaro, destacou a eficácia do sistema: “É reconhecidamente um dos melhores do mundo”.

Um dos pacientes recebeu um transplante de córnea de um doador infectado por HIV. Como a córnea não é um órgão vascularizado, o paciente não foi infectado.

Álvaro explica que a córnea, localizada na parte anterior do globo ocular, pode opacificar devido a doenças, prejudicando a visão e podendo levar à cegueira. O transplante oferece a chance de recuperação visual.

Apesar da gravidade do caso no Rio, Álvaro acredita que a confiança no sistema não deve ser comprometida. “Esse sistema salvou a vida de milhões de pessoas e devolveu a visão a milhares.”

Atualmente, 44.777 pessoas aguardam transplantes no Brasil, com a maioria, 41.395, esperando por um rim. O fígado vem em segundo lugar, com 2.320 pessoas na fila, seguido pelo coração, com 431. São Paulo é o estado com o maior número de pessoas à espera de transplante, totalizando 21.564, enquanto o Rio de Janeiro ocupa o quinto lugar, com 2.167 pessoas na lista de espera.

Fonte: Agência Brasil

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