Saúde

MATERNIDADE

Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa registra zero óbitos maternos em três meses

Unidade foca na segurança e qualidade do atendimento desde sua inauguração

Da Redação

Segunda - 07/04/2025 às 11:30



Foto: CCOM-PI Paciente Luana Alencar, que deu à luz na NMDER
Paciente Luana Alencar, que deu à luz na NMDER

A Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER) comemorou um feito importante: mais de três meses consecutivos sem registros de óbitos maternos. Esse resultado, referente ao primeiro trimestre de 2025, mostra os avanços contínuos na infraestrutura, treinamento das equipes, novas tecnologias e melhorias nos protocolos de atendimento, garantindo um cuidado mais seguro e eficiente para gestantes e puérperas.

Desde que foi inaugurada, a unidade tem dado grande importância à segurança e qualidade do atendimento. A maternidade conta com equipamentos modernos, como ventiladores mecânicos, monitores multiparamétricos e exames de ultrassonografia rápidos. Essas melhorias ajudam na prevenção e no tratamento de doenças graves, como pressão alta, hemorragias e infecções, que são algumas das principais causas de óbitos maternos.

O coordenador de obstetrícia da NMDER, Luciano Malta, destaca que a maternidade tem conseguido reduzir índices negativos, como a mortalidade materna, algo que não acontecia há mais de 10 anos. “Com uma equipe bem treinada, estrutura moderna, farmácia abastecida, laboratório eficiente e banco de sangue próprio, garantimos um atendimento seguro e de qualidade”, afirma ele.

Um bom exemplo do atendimento da maternidade é o caso de Luana Alencar, internada na UTI materna com eclâmpsia e infecção no fígado. Ela havia sido regulada de Picos para a unidade já em trabalho de parto, sem saber que tinha pressão alta. “O atendimento foi muito rápido. Se não fosse assim, algo poderia ter acontecido com meu bebê e comigo. Fiquei na UTI sendo monitorada 24 horas por dia e fiquei três dias sob cuidados rigorosos”, conta Luana.

Ela destaca ainda que recebeu medicação intravenosa e acompanhamento especializado. "O atendimento foi excelente, desde os médicos até as equipes de enfermagem e nutrição. Além disso, a psicologia me ajudou a lidar com a ansiedade por estar longe do meu bebê", lembra ela.

Comitê de Óbitos trabalha para melhorar a assistência

Desde 2017, a maternidade conta com o Comitê Interno de Óbitos, que analisa os dados sobre as mortes maternas, infantis e fetais. Em 2024, a NMDER já havia reduzido em 11% os óbitos maternos e 18,8% os óbitos infantis em comparação com 2023. Os primeiros meses de 2025 confirmam que as mudanças feitas na unidade estão trazendo resultados positivos.

“Este resultado mostra o compromisso da nossa equipe com a segurança e qualidade do atendimento. Já estávamos conseguindo reduzir os óbitos maternos e infantis nos últimos anos, mas passar três meses sem óbitos maternos é algo inédito. Isso demonstra que as melhorias na estrutura e no processo de trabalho têm feito a diferença na vida das pacientes”, afirma Carmen Ramos, diretora da NMDER.

O coordenador do Comitê, Antônio da Costa e Silva Neto, explica que a missão do grupo é investigar as causas dos óbitos e buscar formas de evitá-los. “O óbito materno é devastador e muitas vezes pode ser prevenido. O comitê analisa cada caso para entender o que aconteceu e propor melhorias”, explica o coordenador.

O planejamento familiar também é essencial para diminuir os índices de mortalidade materna. "É fundamental que a mulher engravide no momento certo, com todo o apoio necessário. O planejamento familiar é especialmente importante para mulheres com doenças crônicas, para garantir que a gestação seja segura, tanto para a mãe quanto para o bebê", conclui.

Fonte: CCOM/PI

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