
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem registrado um aumento significativo de ameaças e xingamentos dirigidos aos seus membros, especialmente por meio de sua central telefônica, às vésperas do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe, sobre impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.
Em resposta a essas ameaças, o STF solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) a elaboração de um plano de segurança robusto para os dias do julgamento, previsto para ocorrer em três sessões: às 9h30 e às 14h da próxima terça-feira (25/3) e na manhã de quarta-feira (26/3).
O plano de segurança, denominado Protocolo de Ações Integradas (PAI), visa definir diretrizes para a atuação conjunta dos órgãos envolvidos. Embora a possibilidade de fechamento da Esplanada dos Ministérios seja considerada remota, é esperado o reforço de gradis no entorno do Supremo, na Praça dos Três Poderes.
A execução do plano ficará a cargo do Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), responsável pela distribuição do efetivo necessário para garantir a segurança durante o julgamento.
O julgamento analisará a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros acusados por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Caso a denúncia seja aceita, os acusados se tornarão réus e responderão penalmente pelas ações na Corte. O STF também está monitorando o ambiente nas redes sociais para mapear riscos e possíveis mobilizações antidemocráticas, reforçando a necessidade de medidas preventivas de segurança.
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Fonte: Brasil 247