Em um episódio que expõe a violência política de gênero no Brasil, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de ataques misóginos pelos senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PL-RO) durante audiência na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. A filósofa e professora Márcia Tiburi denunciou as agressões em palestra realizada em Teresina nesta terça-feira (27.05), destacando os desafios da esquerda no combate ao fascismo e a importância da representação feminina na política.
A ministra abandonou a audiência após ser alvo de críticas desrespeitosas e carregadas de machismo. Marina afirmou: "O que eles esperavam da minha parte era uma atitude de resignação, de concordância, de deixar desqualificarem a agenda ambiental. Me senti agredida, mas não intimidada", disse a ministra.
"Os ataques não se restringem a Marina Silva, mas fazem parte de um padrão de violência política contra mulheres que ocupam espaços de poder", disse Tiburi ressaltando que tais ofensas são estratégias para deslegitimar lideranças femininas e reforçar estruturas patriarcais na política.
A importância de Marina Silva e das mulheres na política
Marina Silva é uma das principais vozes na defesa do meio ambiente e dos direitos sociais no Brasil. Sua atuação no Ministério do Meio Ambiente tem sido fundamental para a retomada de políticas ambientais após anos de desmonte.
Ataques misóginos, como os sofridos pela ministra, não são apenas uma agressão individual, mas uma tentativa de silenciar mulheres na política. A presença feminina em cargos de liderança é essencial para uma democracia mais justa e igualitária, e figuras como Marina inspiram novas gerações de mulheres a ocuparem espaços de decisão.
Sociedade deve repudiar discursos de ódio e fortalecer a resistência
É fundamental que movimentos sociais, partidos políticos e a sociedade como um todo condenem veementemente esses ataques. A violência política de gênero é uma ferramenta de intimidação que busca afastar mulheres dos espaços de poder.
Márcia Tiburi reforçou, em sua palestra, a necessidade de uma resistência organizada contra o avanço do fascismo e do machismo na política. Em um momento de ascensão da extrema direita, a defesa da democracia exige enfrentar o discurso de ódio e garantir representatividade feminina.
Márcia Tiburi durante palestra em Teresina
Siga nas redes sociais
