
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não pretende mexer no regimento interno da Casa para dar ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) permissão para seguir exercendo seu mandato a partir dos Estados Unidos, onde está autoexilado. Com isso, o parlamentar terá de voltar ao trabalho ou vai perder o cargo por abandono de mandato, caso decida ficar no Estados Unidos, onde se autoexilou desde 27 de fevereiro.
De acordo com o presidente da Câmara, não há "... previsibilidade para o exercício do mandato à distância pelo nosso regimento. Isso seria uma excepcionalidade, o que não se justifica para o momento”, disse Motta, em entrevista exclusiva ao site Metrópoles, de Brasília, nesta quinta-feira (7/8).
Para Motta, Eduardo fez uma “escolha política” ao ir para os EUA, onde articula com o governo de Donald Trump sanções a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Tivemos isso [excepcionalidade] no momento da pandemia, que era uma situação de saúde pública. Agora, nós temos um problema político-jurídico que envolve o deputado Eduardo Bolsonaro, que tomou a decisão de ir para os Estados Unidos e lá ficar, defendendo teses que lhe são caras”, seguiu o presidente da Câmara.
Fonte: Metrópoles