
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) está propagando informações falsas a respeito do novo decreto do governo federal que trata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A resposta foi publicada nas redes sociais nesta quarta-feira (9), após entrevista do parlamentar à GloboNews, na qual ele criticou a medida assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ciro Nogueira, presidente do PP, foi à TV hoje espalhar mentiras sobre o decreto do IOF. A medida não afeta e nunca afetou o crédito das pessoas físicas, que não teve alteração
Em sua crítica, Ciro alegou que o decreto poderia penalizar brasileiros de baixa renda, dificultando o acesso a financiamentos para itens essenciais e operações de crédito para pequenos empreendedores. “O IOF, se não for isento para as pessoas de baixa renda, os financiamentos da geladeira, do supermercado, a antecipação de receita para as pequenas empresas, não aceitamos em hipótese nenhuma”, declarou o senador durante a entrevista.
Gleisi respondeu afirmando que o decreto não interfere em nenhuma dessas operações e que o senador omite dados importantes ao comparar alíquotas. “Deveria se lembrar também que o IOF sobre transações internacionais, que o decreto estipula em 3,5%, era de 6,38% no governo de Bolsonaro”, escreveu.
A ministra também destacou que, ao contrário das declarações do parlamentar, o objetivo do atual governo é promover justiça tributária. “Falar mentiras como essa, na TV e nas redes sociais, não é fazer oposição ao governo. É trabalhar contra o país, o que marcou o desgoverno em que Ciro Nogueira foi ministro. O governo de Lula trabalha por justiça tributária”, afirmou Gleisi.
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Ciro ocupou o cargo de ministro da Casa Civil, sendo um dos articuladores políticos do Palácio do Planalto. Agora na oposição, o senador piauiense tem se posicionado com frequência contra medidas da atual gestão federal.
A discussão em torno do IOF reacende o embate entre o governo Lula e lideranças do Centrão, que têm aumentado o tom das críticas à política econômica e tributária da atual administração. Até o momento, o Planalto não sinalizou qualquer revisão no conteúdo do decreto mencionado.
Fonte: Brasil 247