Polícia

INFLUENCIADORA INVESTIGADA

Esposa de MC Poze é alvo de operação que mira cúpula do Comando Vermelho no Rio

Segundo a Polícia Civil, suspeitos movimentaram R$ 250 milhões; defesa nega envolvimento da influenciadora com qualquer atividade criminosa

Da Redação

Terça - 03/06/2025 às 09:31



Foto: Reprodução/ Instagram Vivi Noronha e MC Poze do Rodo
Vivi Noronha e MC Poze do Rodo

Nesta terça-feira (3), policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) deflagraram uma grande operação para desarticular o núcleo financeiro do Comando Vermelho.

Entre os alvos, está a influenciadora Viviane Noronha, esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, preso na última quinta-feira (29). A operação envolve mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo as investigações, os suspeitos são responsáveis pela lavagem de mais de R$ 250 milhões, recursos oriundos do tráfico de drogas e da aquisição de armamentos de uso restrito.

As investigações também apontaram a participação de Fhilip Gregório da Silva, o “Professor”, morto no último domingo (1), como uma das principais figuras do esquema financeiro do Comando Vermelho. Ele era responsável por eventos como o "Baile da Escolinha", que, segundo a polícia, funcionava como uma ferramenta para dominação cultural e captação de recursos para o tráfico.

Viviane Noronha e sua empresa estão sendo investigadas por serem beneficiárias diretas de recursos ilícitos. A lavagem de dinheiro era realizada através de laranjas, ocultando a origem dos valores. As análises financeiras indicam que o dinheiro do tráfico e operadores financeiros da facção foi transferido para contas bancárias vinculadas a Viviane, o que a tornou um dos focos principais da investigação.

A polícia destaca que a posição de Viviane na estrutura criminosa é simbólica, representando o elo entre o tráfico de drogas e o universo digital, conferindo uma falsa legitimidade ao dinheiro oriundo do crime organizado.

Além disso, as investigações revelaram que um restaurante localizado em frente ao local do "Baile da Escolinha" funcionava como ponto de lavagem de dinheiro, movimentando recursos do tráfico sob a fachada de atividade empresarial lícita. O local também seria utilizado como polo logístico e símbolo de poder da facção, conectando a vida noturna da comunidade à engrenagem financeira do Comando Vermelho.

Outra empresa, uma produtora, foi identificada como operadora de lavagem de dinheiro e organizadora de bailes funk promovidos por membros da facção, funcionando como ponto de venda de drogas. A análise financeira revelou que a produtora e seus responsáveis receberam recursos ilícitos de operadores do Comando Vermelho.

Entre os remetentes identificados nas investigações, estão um segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, chefe da facção no Complexo do Alemão, e outro indivíduo procurado pelo FBI por suposta atuação como operador financeiro para a Al-Qaeda.

A operação resultou no bloqueio de 35 contas bancárias, além de medidas de indisponibilidade de bens e valores.

Em nota à CNN, o advogado de Viviane Noronha afirmou que ela não tem envolvimento com atividades criminosas, e que tomará conhecimento dos autos da investigação, acreditando que qualquer acusação contra ela será arquivada ao final do processo.

Fonte: Com informações da CNN

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