
Tenho constantemente em minhas manifestações escritas reportado-me sobre primordiais figuras humanas que contribuíram e contribuem pelo nosso desenvolvimento integrado de nosso povo , de nossa pátria.
Nesse tapete estendido no nosso próprio chão, longe das escadarias dos grandes palácios, embora a elas frequentem, desfilam nomes importantíssimos de pessoas que no anonimato, sem amostragens externas, pontificam no árduo trabalho de impulsionar suas forças à grandeza do bem comum. Dentre esses exemplos, já tão decantados pela sua postura por demais comprovada é conhecida, está a personalidade do ministro Carlos Augusto Pires Brandão, recém-indicado pelo presidente da República Federativa do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva.
Carlos Brandão é uma personalidade aglutinadora, exuberantemente afeito a vida judicante, formação acadêmica multifacetada, querido pelos humildes, pelos menos favorecidos dos bens materiais, mas fortalecidos por uma alma inquebrantável, firmada na fé, na religiosidade da fé Cristã, católico fervoroso, respeitoso e cordial com todas as manifestações e denominações cristãs, no ecumenismo do caminho em Cristo, que ascende em nós o paráclito Espírito Santo de Deus!
Sou seu primo legítimo, da “primocracia” anterior ao seu nascimento que se deu a 28 de julho de 1964, quando eu residia no meu torrão natal, a cidade histórica de Piracuruca, aonde muitos anos depois, Carlos Brandão passou a amar com grande intensidade.
Cheguei na capital, no dia 05 de fevereiro de 1965, encontrei o menino Carlos Brandão, chamado na intimidade familiar de “Caíto“, com apenas 5 anos de idade! Eu gostava do seu jeitinho risonho, criança simpática, lendo suas tarefas, na ampla casa do Juiz de Direito Álvaro Brandão Filho e de Simplícia Pires Brandão, sua mãe e vários outros irmãos, numa escadinha constante de idades próximas.
Algumas vezes o acompanhei, deixando-o no Colégio das Irmãs de Santa Catarina de Sena, com seu irmão Roberto Brandão, contemporâneos. Nessa época, eu trabalhava na Secretaria da Educação, rua Álvaro Mendes, por onde essas crianças passavam diariamente.Seriam meus primos, ou irmãozinhos mais novos, porque filho único, fui sempre carente de companhias, daí frequentar a casa do desembargador Álvaro Brandão, onde perfilavam uma dezena de primos de todas as idades.
Toda essa família se desenvolveu, cresceu, multiplicou, enveredou por importantíssimas profissões e hoje dignificam a grandeza de nosso Estado nos mais variados espectros.
Mas o astro de hoje, é o Ministro Carlos Brandão que pontilhou nos mais variados cargos, cursos, mestrado, doutorado, no ramo do conhecimento humano: Assessor do Tribunal de Justiça, engenheiro eletricista, promotor de justiça do Estado do Piauí, Procurador da República, nomeado Advogado Geral da União (não aceitou), Juiz Federal por concurso de provas e títulos, Desembargador Federal da 1ª Região, mas serviu em várias localidades brasileiras, muitas das vezes em lugares distantes e inóspitos, mas nunca perdeu a garra e a coragem de servir seus irmãos brasileiros, especialmente os que mais necessitam de sua ajuda.
Um ecologista, ambientalista, líder de expedições exploratórias no descobrimento de nossas riquezas ambientais, refazendo caminhos, trilhas, com sede constante na avidez do desenvolvimento da educação, até mesmo diante os nossos povos originários.
Participei de algumas expedições, mas em muitas delas “dei o braço a torcer”, pois não era capaz de aguentar a intrepidez do jovem juiz Federal, que para mim se tornou um novo “Bandeirante” descobrindo esse gigante pela própria natureza que é este país imenso, chamado Brasil.
Falar sobre Carlos Brandão é falar de uma peregrinação da descoberta de um novo Brasil, uma verdadeira odisseia cheia de aventuras, seja sobre a terra, até mesmo sobre os grandes rios de suas nascentes a foz de cada um que forma nosso lençol aquático.
Carlos Brandão, reinicia uma nova etapa, etapa que já conhece muito bem, o nosso STJ ganhará com essa força, essa viga forte, persistente e infatigável, que dará ao judiciário brasileiro mais força e vigor.
A todos aqueles que contribuíram com suas orações, suas forças humanas, na luta indormida de travar o bom combate, nosso muito obrigado.
