Polícia

FACÇÃO

Grupo no WhatsApp organizava distribuição de brinquedos para captar jovens para o crime

Criminosos deixavam os brinquedos em pontos de drogas nas comunidades visando agradar as famílias e serem vistos como 'heróis'

Da Redação

Terça - 21/10/2025 às 10:49



Foto: Draco Conversas em grupo de wahstapp mostram a ação dos criminosos
Conversas em grupo de wahstapp mostram a ação dos criminosos

Dez pessoas foram presas, em Altos, nesta terça-feira (21), durante uma operação que desvendou um esquema onde facções criminosas utilizavam supostas "ações sociais" para aliciar e cooptar jovens para o mundo do crime. As investigações revelaram que um grupo de WhatsApp, chamado “Logística do Piauí”, era usado para organizar e levantar a quantidade de brinquedos a serem distribuídos para crianças e adolescentes para "cooptar para o grupo criminoso".

O delegado Laércio Evangelista, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACo), informou que a facção realizava falsas ações sociais, como a distribuição de brinquedos no Dia das Crianças, para se autopromover e "aliciar jovens para que fizessem parte da facção".

Capturas de tela do grupo mostram a organização da distribuição para um total de 871 crianças e adolescentes. Os brinquedos eram separados por grupos com nomes como “Carrasco”, “CK 9” e “Drácula”. O delegado Laércio Evangelista esclareceu que esses nomes não são de lojas, mas sim de pontos de venda de drogas próximos às casas das crianças. Os criminosos deixavam os brinquedos nesses locais para serem entregues, visando agradar e se tornarem vistos como “heróis” pelas comunidades, facilitando o aliciamento.

A troca de mensagens também revelou um tom de ameaça a "três lojistas" que não teriam retirado os brinquedos, com o recado. "A troca de mensagens também cita uma suposta ameaça a “três lojistas” que não retiraram os brinquedos. O recado diz, com alguns erros gramaticais: “Esses três logistas favor entrar em contato imediatamente com a Fátima e retirar os brinquedos da festa das crianças, pois caso não retirar iremos trocar um papo", revelou o coordenador.

O delegado Charles Pessoa, também do Draco, pontuou que os dez presos, nove homens e uma mulher, já vinham sendo monitorados há algum tempo, sendo que alguns "já estão em liberdade com monitorização eletrônica". O grupo é investigado por envolvimento em homicídios, roubos e tráfico de drogas, além de realizar falsas ações sociais para atrair jovens das comunidades.

Fonte: Draco

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