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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Engenheira é agredida pelo ex-marido em Nazaré do Piauí; veja o vídeo

A violência foi registrada por câmeras de segurança; Justiça concedeu medida protetiva de urgência em favor da engenheira

Da Redação

Quarta - 28/05/2025 às 18:06



Foto: Reprodução A engenheira civil Bárbara Porto foi agredida pelo ex-marido
A engenheira civil Bárbara Porto foi agredida pelo ex-marido

A engenheira civil Bárbara Porto denunciou o ex-marido por agressão. A violência foi registrada por câmeras de segurança de uma residência em Nazaré do Piauí, que mostram o momento em que Bárbara apanha do ex, Jonathan Lagares, no domingo (25). Confira:

De acordo com Bárbara, o ex-marido foi até a casa dela depois que ela pediu ajuda para entrar na residência. No vídeo, é possível ver que ele chega ao imóvel em uma motocicleta e conversa com a mãe da vítima. Segundos depois, ele puxa Bárbara e a joga no chão, desferindo-lhe um chute.

"O vídeo é só uma parte, ele me bateu por cerca de 30 minutos. Ele me jogou no chão, fiquei com o corpo inteiro dolorido depois. E a alma mais ainda, né? Da covardia dele, de viver 10 anos comigo e ter a coragem de fazer isso. Porque a forma como ele me bateu foi muito covarde. Eu tentei me defender de todos os jeitos, todas as formas, com toda a força que eu tinha, mas eu não consegui. Quanto mais eu tentava me defender, mais ele me batia. Teve uma hora que eu quase perdi a consciência", relatou a engenheira ao Piauí Hoje.

A mãe da vítima presencia a cena e tenta evitar as agressões contra a filha. "Minha mãe ficou tentando ligar pra polícia e sem sucesso, né? Os números que ela tinha disponível de polícia, ela tentou todos e nada, Por conta disso, perdeu o flagrante e ele não foi preso. E não está preso. Ele não tem nada a perder", desabafa Bárbara.

Ela também conta que essa não foi a primeira vez que sofreu agressões por parte do ex-companheiro. "Ele já me agrediu outras vezes, já meteu a mão na minha boca, já me deu chute na barriga, já me enforcou. Sempre foi muito agressivo, muito violento, ficava com raiva de qualquer coisa, quebrava as coisas dentro de casa. A maior tortura era a psicológica", disse.

Depois das agressões, Bárbara levou o caso à Justiça. Ainda no domingo (25), o juiz Rafael Mendes Palludo, da Vara Núcleo de Plantão de Floriano, concedeu medida protetiva de urgência em favor da engenheira.

Em nota, tanto o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI) como a Associação Brasileira de Engenheiros Civis - Departamento Piauí (Abenc-PI) lamentaram as agressões sofridas pela engenheira.

Confira:

Nota da Abenc-PI

A Associação Brasileira de Engenheiros Civis - Departamento Piauí vem, por meio desta, manifestar seu mais profundo repúdio à violência sofrida pela engenheira civil Bárbara Porto, sócia atuante e respeitada em nossa entidade, entre os dias de ontem e hoje.

É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que testemunhar atos covardes e brutais de violência ainda mais quando direcionados a uma mulher, profissional exemplar, que constrói sua trajetória com dignidade, força e coragem. Bárbara é uma mulher guerreira, admirada por sua competência e pelo compromisso com a Engenharia Civil piauiense. Ninguém apagará seu legado.

Nos solidarizamos com Bárbara, sua família e amigos, e reiteramos que a ABENC-PI jamais se calará diante de qualquer forma de violência, seja ela física, psicológica, moral ou simbólica. Exigimos apuração rigorosa dos fatos e que a justiça seja feita.

Seguiremos firmes na defesa da integridade, da justiça e da igualdade. À Bárbara, nossa total solidariedade e apoio.

Pelo respeito às mulheres. dignidade humana. Pela Pela justiça.

Nota da Crea-PI

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI), por meio do Programa Mulher e de sua Presidência, manifesta seu mais veemente repúdio à violência sofrida pela engenheira civil Bárbara Porto. O ocorrido evidencia que a luta por respeito, equidade e segurança para as mulheres é urgente e necessária em todos os espaços da sociedade. A violência, seja qual for o contexto, é inadmissível e deve ser enfrentada com rigor e determinação por toda a sociedade.

O Crea-PI se solidariza com Bárbara Porto e com todas as mulheres que enfrentam, diariamente, situações de violência e desrespeito. Reafirmamos que agressões como essa atentam contra a dignidade da vítima e de toda a coletividade, enfraquecendo os avanços na promoção da igualdade e da justiça. O Programa Mulher do Crea-PI está à disposição para oferecer apoio, orientação e acolhimento às profissionais que venham a sofrer qualquer forma de violência. Acreditamos na importância de criar redes de proteção e suporte que fortaleçam e deem voz às mulheres, reafirmando nosso compromisso com a promoção da dignidade, do respeito e da igualdade.

O Crea-PI reafirma seu compromisso com a defesa intransigente dos direitos das mulheres, com o enfrentamento de todas as formas de violência, em qualquer contexto. Reiteramos a importância de que OS órgãos competentes apurem osfatos com rigor e assegurem justiça. Seguiremos firmes na construção de uma cultura de paz, respeito e igualdade, combatendo toda e qualquer forma de violência contra a mulher.

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