Com traços fortes, cores vibrantes e um discurso visual que fala de raízes, natureza e futuro, o jovem artista piauiense Pedro Gui Fortes de Carvalho está prestes a viver um dos momentos mais marcantes de sua trajetória. Aos 13 anos, ele foi selecionado para integrar a seleta lista dos 100 prodígios do mundo em 2025, na categoria Arte, pelo Global Child Prodigy Awards, uma das mais prestigiadas premiações globais dedicadas a reconhecer crianças com talentos extraordinários em diferentes áreas do conhecimento e da criatividade.
A cerimônia de premiação acontecerá no próximo 26 de junho, em um dos espaços mais simbólicos da política e da cultura mundial: o Parlamento Britânico, em Londres. "Fiquei muito feliz e, ao mesmo tempo, pensando em tudo que vivi até aqui. É uma honra poder representar o Piauí e o Brasil em um lugar tão importante", disse o artista.
Natural de Teresina (PI), Pedro é aluno do 8º Ano do Ensino Fundamental do Instituto Dom Barreto. Ele começou a pintar durante a pandemia, como forma de lidar com o isolamento e expressar sentimentos. Em poucos anos, ele alcançou reconhecimento além das fronteiras do Brasil: teve obras expostas na França e na Itália, e hoje é representado pela galeria internacional Saphira & Ventura, com sede em Nova York.
"Comecei a pintar durante a pandemia, como uma forma de me expressar. Com o tempo, fui entendendo que a arte também podia ser uma forma de falar sobre assuntos importantes, como a preservação do meio ambiente e o cuidado com a Amazônia, que são temas que me tocam muito", destaca o artista.
Sensível às causas ambientais, Pedro foi recentemente nomeado embaixador mirim do Instituto Bienal da Amazônia, entidade que prepara um grande evento em Belém (PA), paralelo à COP30, reunindo arte, ciência e ativismo em prol da floresta.
"Ser nomeado embaixador mirim do Instituto Bienal da Amazônia me deixou muito orgulhoso. Acredito que a arte pode inspirar mudanças, fazer as pessoas pensarem, refletirem. Por isso, tudo que está acontecendo agora tem um significado muito especial pra mim", relata.
Com um currículo invejável para qualquer artista, e ainda mais impressionante por sua idade, Pedro também se destaca pela postura madura e comprometida com os estudos. Ele é reconhecido por professores e colegas como um aluno exemplar, atento, ético e dedicado.
"Estou me preparando com muita dedicação para esse momento. Conto com o apoio da minha família, da minha escola e de pessoas que acreditam na importância da arte e da juventude na construção de um futuro melhor. Quero viver essa experiência com responsabilidade, gratidão e alegria. Com certeza, é uma conquista que vou levar pra vida", diz.
Para Aline Fortes, mãe, assessora e empresária, ver o talento do filho sendo reconhecido ao nível mundial é motivo de orgulho, mas também de mobilização. Ela afirma que essa conquista é resultado de muito esforço, estudo e sensibilidade. Ressalta que Pedro leva a sério o que faz, trata sua arte com responsabilidade e que, com a premiação em Londres se aproximando, a família segue buscando apoio para que essa viagem tão especial se torne possível.
Entenda
O que é um prodígio?
O termo prodígio se refere a uma criança ou jovem com habilidades excepcionais e precoces em alguma área — como arte, ciência, matemática, música, esportes ou ativismo. Essas habilidades costumam estar muito além do esperado para a faixa etária da pessoa.
O que é o Global Child Prodigy Awards?
Criado para reconhecer talentos infantis de todo o mundo, o Global Child Prodigy Awards é uma premiação internacional sediada na Índia e apoiada por instituições globais, como a ONU. Em cada edição, são selecionadas 100 crianças que se destacam em suas áreas, de mais de 60 países.
Por que essa conquista é tão importante?
Estar entre os 100 prodígios do mundo é uma honra reservada a poucos. Além de abrir portas para visibilidade internacional, a premiação coloca em destaque temas fundamentais — como o acesso à educação, a valorização da infância e o papel transformador da arte.
E o Parlamento Britânico?
É um dos centros de poder mais históricos do planeta. Realizar a cerimônia ali simboliza o reconhecimento institucional e cultural desses jovens como vozes ativas na construção do futuro.
(*) Sol Castelo Branco é estagiária sob supervisão do jornalista Luiz Brandão - DRT-PI -960
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