A história de João Lucas, adolescente baleado dentro de uma escola particular de Teresina em dezembro de 2024, voltou a mobilizar as redes sociais. O perfil Razões para Acreditar, com mais de 6,4 milhões de seguidores, compartilhou a história e lançou uma corrente de solidariedade pela recuperação do jovem.
Aos 17 anos, João luta agora por uma nova chance de reabilitação. Após meses de tratamento intensivo, a família busca acesso a uma terapia experimental desenvolvida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que utiliza uma proteína chamada Polilaminina, com potencial de regenerar lesões na medula espinhal e restabelecer a comunicação entre o cérebro e os membros. João Lucas foi baleado na boca e a bala ficou alojada na coluna cervical.
A mãe de João, a cabeleireira Cleytiana Campelo, conta que está tentando viabilizar o contato com a pesquisadora Tatiana Lobo, responsável pelo estudo. “A gente está arrecadando, já crendo que vai dar certo. Estamos tentando localizar a doutora Tatiana, uma amiga conseguiu o e-mail e vamos mandar. Se ela aceitasse fazer como experimento seria uma grande bênção. Toda ajuda é necessária, porque tem toda uma logística para ir para lá”, explicou.
Para custear a viagem e os gastos do tratamento, a família criou uma vakinha online com meta de R$ 70 mil, disponível no link voaa.me/todospelojoao - até esta reportagem, a mobilização virtual já arrecadou R$ 22.839,30
O objetivo, segundo a mãe, é que João possa participar do estudo e recuperar sua parte neurológica, voltando a se comunicar com o corpo e sonhar com uma vida mais independente. O caso do jovem comoveu todo o estado desde o episódio ocorrido dentro do colégio, quando foi atingido por um disparo feito pela ex- namorada, que usou a arma do pai, um policial militar, para cometer o crime. O tiro atravessou a língua e esôfago, desceu até a coluna cervical, entre C3 e C4. João teve uma parada cardíaca ali mesmo. Depois vieram outras paradas, inclusive já em casa, longos minutos sem oxigênio no cérebro. “Os médicos disseram que ele ia ficar em estado vegetativo, tetraplégico, sem chance de melhora”, conta a mãe, Cleytiana.
Hoje, quase um ano depois, João está vivo e a sua ex, segundo a família, segue internada em um espaço socioeducativo.Ele respira com ajuda de traqueostomia e aparelho, precisa de cuidados 24 horas e passa a maior parte do tempo no quarto montado na casa do pai.
“Mas ele sente. Ele entende. Ele reage. A cada dia vemos o agir de Deus, se não fosse assim o João já teria partido”, disse a mãe do adolescente
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