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ENTREVISTA

Advogado criminalista quebra mitos e revela bastidores do Tribunal do Júri

O advogado João Marcos Parente foi entrevistado no PodCast "Fale com a Minha Advogada", do Portal Piauí Hoje

Da Redação

Quinta - 14/08/2025 às 15:29



Foto: Piauí Hoje Criminalista João Marcos Parente participou do
Criminalista João Marcos Parente participou do "PodCast Fale com a minha Advogada", com a advogada Amanda Lion e a jornalista Malu Barreto

Em entrevista ao podcast Fale com Minha Advogada, o advogado criminalista João Marcos Parente falou sobre os bastidores da profissão, desmontou estereótipos e explicou o verdadeiro papel do defensor. O bate-papo foi conduzido pela advogada Amanda Lion e pela jornalista Malu Barreto, no estúdio do Portal Piauí Hoje. Segundo João Marcos, o trabalho do criminalista vai muito além da defesa técnica: é garantir que o devido processo legal e a presunção de inocência sejam respeitados.

“O processo não é um instrumento para aplicar punição, mas para garantir os direitos de quem é acusado. Sem processo, teríamos a barbárie”, afirmou. 

Ele explicou que a primeira etapa de qualquer defesa é ouvir o cliente em detalhes. O sigilo e a transparência são essenciais para construir uma estratégia sólida. “Esconder informações pode comprometer todo o caso”, alertou, citando um exemplo em que a apreensão de um celular revelou provas contrárias à tese de defesa, algo que poderia ter sido evitado com mais franqueza do acusado.

O advogado também detalhou como funciona o Tribunal do Júri, que julga crimes como homicídios e feminicídios por meio de sete jurados leigos.

“É um julgamento baseado na íntima convicção dessas pessoas, que não precisam justificar sua decisão. É um processo que tem muito de estratégia e, muitas vezes, de teatro”, explicou.

Especialista em crimes de "colarinho branco", como lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos,  João Marcos também atua em crimes contra o patrimônio e contra a vida. Mas reforça que a área criminal está longe do glamour retratado no cinema. “Na seara criminal só existe sofrimento: da vítima, do acusado, do juiz, do promotor. Não há vencedores”, concluiu.

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