
O Piauí está à frente na promoção de uma alimentação saudável nas escolas públicas. Em 2024, o governo estadual, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), investiu mais de R$ 17 milhões na compra de alimentos da agricultura familiar para as refeições da rede estadual de ensino. O valor ultrapassa os 30% exigidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), reforçando o compromisso com uma nutrição balanceada e de qualidade para os estudantes.
A iniciativa ganha ainda mais relevância após a determinação do Ministério da Educação (MEC), publicada em 4 de fevereiro, que estabelece a redução de 15% na presença de alimentos ultraprocessados nas merendas escolares em todo o país. No Piauí, essa preocupação já era uma realidade, com políticas que priorizam alimentos naturais e regionais, como frutas, arroz, feijão, cuscuz e sucos, em detrimento de produtos industrializados.
Alimentação saudável como prioridade
Para muitos estudantes, as refeições servidas nas escolas são as mais importantes do dia. Por isso, a Seduc tem trabalhado para garantir que os cardápios sejam balanceados e atendam às necessidades nutricionais dos alunos. “A alimentação adequada é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem. Com nutrientes de qualidade, os estudantes têm mais energia e disposição para aprender”, explica Neide Sheyla, nutricionista do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Miguel Lidiano, em Picos.
No Ceti Miguel Lidiano, a preocupação com a alimentação saudável faz parte do cotidiano. A escola utiliza tabelas para controlar os teores de sódio e açúcares nos alimentos, priorizando ingredientes naturais e regionais. “A escola também é educação nutricional. Ensinamos os alunos a fazerem escolhas mais saudáveis”, destaca Neide.
Metas e exemplo
A 9ª Gerência Regional de Educação (GRE), que atende mais de 11 mil alunos, é um exemplo no estado pelo compromisso com a alimentação saudável. “A Seduc investe na agricultura familiar, ultrapassando os 30% determinados pelo PNAE. Isso reflete a nossa preocupação com a qualidade da merenda escolar”, afirma Ramira Torres, gestora da GRE.
A gestora escolar do Ceti Miguel Lidiano, Islândia Araújo, ressalta que a mudança de hábitos é um processo educativo. “Os alunos entendem que o consumo excessivo de ultraprocessados faz mal à saúde. Nosso papel é mostrar que uma alimentação saudável traz benefícios para a vida toda”, diz.
Impacto na educação
A portaria do MEC, publicada em fevereiro, reforça a importância de reduzir a presença de alimentos ultraprocessados nas escolas. No Piauí, a Seduc já adota uma política nutricional alinhada a essa diretriz, priorizando a compra de produtos naturais e desencorajando o uso de industrializados com excesso de aditivos químicos.
O investimento em alimentos da agricultura familiar não só melhora a qualidade da merenda escolar, mas também fortalece a economia local, gerando renda para pequenos produtores. “Essa é uma política que beneficia toda a comunidade, promovendo saúde, educação e desenvolvimento econômico”, conclui Washington Bandeira, secretário de Estado da Educação.
Fonte: CCOM/PI