
A comunicadora piauiense Teônia Mikaelly Pereira de Sousa, conhecida por sua atuação como apresentadora e jornalista no podcast IELTV, teve seu perfil oficial no Instagram desativado. A informação foi divulgada pela própria Teônia, por meio de uma conta reserva, onde publicou um print da apelação feita, questionado os motivos da remoção do perfil.
Queixa-crime
Apesar disso, ela não detalhou os motivos para a derrubada da conta. A desativação ocorre no contexto de uma queixa-crime protocolada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que acusa a influenciadora dos crimes de injúria e difamação praticados em redes sociais.
A ação judicial foi registrada no dia 25 de junho, na 2ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, após a divulgação de vídeos nos quais Teônia afirma que Michelle seria "ex-garota de programa" e que "toda a família da Michelle Bolsonaro tem passagem pela polícia". As declarações foram feitas durante uma edição do podcast transmitida ao vivo em 11 de junho e posteriormente publicadas nos perfis da emissora e da apresentadora, nos dias 11 e 14 de junho.
O conteúdo alcançou mais de um milhão de visualizações e teve mais de 5.500 compartilhamentos.
De acordo com a defesa de Michelle Bolsonaro, as afirmações de Teônia são infundadas, ofensivas, misóginas e atentam contra a honra e a dignidade da ex-primeira-dama. A Justiça do Piauí aceitou a queixa-crime, reconhecendo a existência de elementos suficientes para o prosseguimento da ação penal privada. A decisão foi assinada pelo juiz Washington Luiz Gonçalves Correia, que dispensou a audiência de conciliação a pedido da própria Michelle.
Com a ação aceita, Teônia terá um prazo de 10 dias, após citação formal, para apresentar sua defesa por escrito, podendo indicar testemunhas e anexar provas. A defesa da ex-primeira-dama também requereu indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil, além das sanções penais cabíveis.
Remoção de conteúdo ofensivo
Em paralelo ao processo criminal, Michelle Bolsonaro obteve uma decisão no Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinando a remoção dos vídeos considerados ofensivos. A decisão estabelece multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento, com teto de até R$ 300 mil.
No entanto, segundo informações divulgadas pelo portal Poder360, os vídeos ainda permaneciam disponíveis nas redes sociais até a segunda semana de julho.
Teônia afirmou, na época, que ainda não havia sido notificada oficialmente da decisão. O caso segue em tramitação.
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