
Teresina registra atualmente uma taxa de cura de 93,16% nos casos de hanseníase identificados, conforme dados divulgados pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) durante uma sessão especial realizada na Câmara dos Vereadores nesta quarta-feira (7). O índice evidencia a eficácia dos tratamentos ofertados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o trabalho contínuo das Equipes de Saúde da Família no acompanhamento dos pacientes.
O evento contou com a presença do presidente da FMS, Charles Silveira, representantes da Diretoria de Vigilância em Saúde, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), do Conselho Estadual de Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde (SESAPI), da Defensoria Pública e de vereadores.
Durante a sessão, Amparo Salmito, gerente de epidemiologia da FMS, destacou a importância da detecção precoce da doença. “Embora ainda cercada por mitos e estigmas, a hanseníase é totalmente curável. No entanto, continua sendo um problema de saúde pública, exigindo ações intensificadas para sua eliminação”, afirmou. Ela explicou que a doença é causada pelo bacilo de Hansen e pode afetar a pele e os nervos periféricos, podendo levar a incapacidades físicas caso não seja tratada adequadamente.
De acordo com a FMS, o número de novos casos vem diminuindo na capital nos últimos anos. Foram registrados 190 casos em 2022, 196 em 2023 e 181 até o momento em 2024.
A responsável pelo núcleo de doenças negligenciadas da FMS, Lana Coelho, explicou que o tratamento é disponibilizado nas UBS, com acompanhamento contínuo dos pacientes. “Os casos mais complexos são encaminhados para os serviços especializados de Dermatologia do Hospital da Polícia Militar, do Hospital Universitário e do Centro Maria Imaculada”, detalhou.