Hospital de Urgência de Teresina (HUT) se tornou o primeiro hospital da capital piauiense e o 13º do Brasil a receber habilitação oficial do Ministério da Saúde para ter uma Equipe Assistencial de Cuidados Paliativos (EACP). Na prática, o hospital, que já realizava esse trabalho de forma voluntária por meio de uma comissão, agora passa a ter uma equipe formalizada com médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais focados exclusivamente nessa abordagem humanizada.
O que são Cuidados Paliativos?
Muita gente ainda confunde Cuidados Paliativos com "desistir do paciente" ou "cuidados de fim de vida", mas o conceito moderno é exatamente o oposto: é sobre oferecer a máxima qualidade de vida possível. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Cuidados Paliativos são uma abordagem que busca melhorar a vida de pacientes (e de suas famílias) que enfrentam doenças graves, progressivas ou que ameaçam a continuidade da vida.
Como o HUT é uma referência em traumas graves e neurocirurgias, muitos pacientes chegam em estado crítico. A Dra. Carla Sena, paliativista do hospital, resume bem. "A tecnologia pode sustentar a vida, mas apenas o cuidado devolve dignidade e sentido ao paciente".
A unidade conta com 22 especialidades médicas, além de serviços de fisioterapia, enfermagem, nutrição, psicologia, serviço social, fonoaudiologia, farmácia, patologia, hemodiálise, radiologia e equipe multiprofissional de terapia nutricional, além da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD).
O hospital dispõe ainda de um parque tecnológico completo, com exames como ultrassonografia, tomografia, angiotomografia, endoscopia, broncoscopia, eletroencefalograma, raio X, eletrocardiograma, ecocardiograma e ultrassom Doppler. Atualmente, o HUT possui 375 leitos hospitalares e 40 leitos de atendimento domiciliar, acompanhados pela Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD).
Os cuidados paliativos são reconhecidos como um importante diferencial de qualidade nos serviços de saúde, pois visam aliviar o sofrimento físico, psíquico, social e espiritual dos pacientes. A abordagem pode ser iniciada desde o diagnóstico da doença, acompanhando o paciente ao longo do tratamento e oferecendo suporte também aos familiares, inclusive no processo de luto.
Fonte: Semcom