O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a abertura de um novo inquérito para investigar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela será apurada por supostos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação relacionada a organização criminosa.
A decisão ocorre no mesmo dia em que o STF decretou a prisão preventiva da parlamentar, que deixou o país após ter sido condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Moraes ordenou que a Polícia Federal ouça Zambelli por escrito, no prazo de até 10 dias, uma vez que a deputada está fora do Brasil. O ministro também solicitou ao Banco Central informações detalhadas sobre os valores e remetentes de transferências via PIX recebidas pela parlamentar nos últimos 30 dias.
Segundo Moraes, as declarações públicas da deputada evidenciam intenção de fugir à aplicação da lei penal e de reiterar condutas criminosas contra as instituições democráticas brasileiras, por meio da disseminação de desinformação e tentativas de interferência em processos judiciais em andamento no STF.
O ministro ainda destacou que Zambelli teria indicado a intenção de seguir estratégia semelhante à atribuída ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também é investigado por suposta conspiração com apoio internacional. Em entrevista à CNN na última terça-feira (3), Zambelli afirmou: “O caminho nos Estados Unidos já está asfaltado (pelo Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo). É justamente por isso que estou escolhendo a Europa”.
Também nesta quarta-feira, a Polícia Federal solicitou a inclusão do nome de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol. Se o pedido for aceito, ela poderá ser considerada foragida em 196 países, incluindo os Estados Unidos e a Itália.
Fonte: CNN
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