Política

CARA A CARA

Alexandre de ​Moraes autoriza acareações entre Braga Netto e Mauro Cid

Confrontos presenciais buscam esclarecer versões contraditórias sobre trama golpista de 2022

Da Redação com informações do Brasil 247

Terça - 17/06/2025 às 12:20



Foto: Antônio Augusto/STF O ministro do STF, Alexandre de Moraes
O ministro do STF, Alexandre de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (17) a realização de duas acareações envolvendo personagens-chave na investigação da tentativa de golpe de Estado articulada durante o governo Jair Bolsonaro (PL). As medidas atendem a pedidos das defesas dos ex-ministros Walter Braga Netto e Anderson Torres e têm como objetivo confrontar diretamente os investigados cujos depoimentos apresentam contradições.

As acareações são instrumentos jurídicos usados quando duas ou mais pessoas contam versões divergentes sobre os mesmos fatos. Nesse procedimento, os investigados são ouvidos ao mesmo tempo, em uma sala, cara a cara um para o outro, com a presença de autoridades responsáveis pelo caso.  

Na primeira diligência, o general da reserva Walter Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa, será colocado frente a frente com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid se tornou delator no inquérito que apura as articulações golpistas e entregou à Polícia Federal detalhes sobre reuniões e ordens repassadas durante o período de transição do governo. A defesa de Braga Netto solicitou o encontro para que ambos prestem novos esclarecimentos na presença um do outro.

Segunda acareação

A outra acareação autorizada reunirá Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, com o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Assim como no caso anterior, o confronto foi solicitado pela defesa de Torres, que tenta reagir às acusações de omissão durante os atos de 8 de janeiro de 2023 e às revelações feitas por Freire Gomes em depoimento.

As diligências autorizadas por Moraes devem ocorrer nas próximas semanas, ainda sem data definida pela Justiça. Segundo fontes próximas ao processo, os confrontos podem ser determinantes para o desfecho do inquérito, que apura uma suposta conspiração para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder de forma inconstitucional.

A intenção é que o confronto direto ajude a esclarecer as inconsistências nos relatos e forneça elementos mais claros para a investigação.

Fonte: Brasil 247

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