
Cerca de 100 pessoas participaram, na manhã deste domingo (30/3), de um protesto no Eixão do Lazer, em Brasília, contra o projeto que propõe anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Organizada por movimentos de esquerda e com apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), a manifestação teve início por volta das 10h e durou cerca de duas horas.
Os manifestantes, que usaram palavras de ordem como “sem anistia” e “vai ser preso”, pedem que os responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes sejam punidos. Entre os alvos da crítica estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou réu recentemente em um processo relacionado aos eventos de janeiro.
O protesto é parte de uma série de manifestações realizadas também em outras capitais do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, contra a proposta de anistia. Em Brasília, o ato contou com a presença de figuras como o músico Chico Nogueira, um dos organizadores, que afirmou que a mobilização tem como objetivo pressionar o Congresso a afastar a pauta da anistia.
Manifestantes de esquerda pedem pelo fim do projeto de anistia - Reprodução/Minervino Júnior/CB/D.A Press
Entre os participantes, estava Glauce Morais, de 64 anos, que além de se manifestar contra a anistia, também fez um protesto em solidariedade ao povo palestino, associando as lutas pela justiça no Brasil e em Gaza.
No final do evento, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) criticou Bolsonaro e afirmou que ele será preso “em nome da justiça”. A parlamentar reforçou a importância de continuar a luta pela punição dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, destacando a defesa da democracia como prioridade.
O projeto de lei que defende a anistia aos envolvidos nos ataques ainda está em discussão no Congresso, gerando polêmica tanto entre a oposição quanto entre membros do Centrão. Apesar da resistência, parlamentares continuam a tentar viabilizar a proposta.
Fonte: Correio Braziliense