Política

CANDIDATURAS

Bolsonaro insiste em candidatura e adia sucessão na direita

Plano é pressionar e aguardar decisões judiciais até 2026, quando Tarcísio de Freitas poderá deixar o governo para disputar a Presidência

Da Redação

Quarta - 05/02/2025 às 09:00



Foto: REUTERS/Amanda Perobelli Jair Bolsonaro em São Paulo - 25/03/2024
Jair Bolsonaro em São Paulo - 25/03/2024

Jair Bolsonaro (PL) segue apostando em uma saída política para reverter sua inelegibilidade, que vai até 2030, e planeja registrar sua candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2026. De acordo com aliados ouvidos pela jornalista Andréia Sadi, do g1, Bolsonaro espera até a última decisão judicial, prolongando o debate sobre um possível sucessor na direita.

O plano de Bolsonaro é manter sua candidatura até onde for possível, pressionando e aguardando decisões judiciais que podem acontecer após abril de 2026, quando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), precisaria deixar o cargo caso deseje disputar a Presidência.

Caso sua candidatura seja inviabilizada, Bolsonaro escolherá um sucessor, possivelmente dentro de sua própria família. Esse cenário é bem recebido por aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que avaliam que a estratégia de Bolsonaro interdita o debate e fragmenta a direita, atrasando a escolha de um candidato competitivo contra Lula.

Outro ponto importante para Bolsonaro é a ajuda internacional, especialmente do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do bilionário Elon Musk. Seus aliados acreditam que a Casa Branca possa influenciar o cenário político brasileiro.

No Supremo Tribunal Federal (STF), a ideia é julgar os processos envolvendo Bolsonaro até o fim de 2025. Para acelerar os trâmites, ministros contam com uma denúncia fatiada da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a atuação de juízes auxiliares, semelhante ao que ocorreu no caso do mensalão.

Integrantes da Corte não têm dúvidas sobre a participação de Bolsonaro no golpe, mas ainda há incertezas sobre o envolvimento de personagens menores, especialmente civis. Quanto a Bolsonaro, a avaliação é de que não seria possível o golpe estar em andamento sem uma coordenação do chefe do Executivo. As investigações esperam descobrir novas informações, especialmente do núcleo de Braga Netto, preso em dezembro, e de seu assessor, o coronel Peregrino, considerado o "Mauro Cid de Braga Netto".

Fonte: Brasil 247

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