
A bancada do PDT na Câmara dos Deputados se reunirá na próxima terça-feira (6) para discutir a posição do partido no governo após a demissão de Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência. A decisão do governo de nomear Gilberto Waller para a presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sem consultar a legenda gerou descontentamento tanto entre a cúpula do PDT quanto entre seus parlamentares, diz a jornalista Basília Rodrigues em sua coluna da CNN Brasil.
Composta por 17 deputados, a bancada chegou a cogitar, em um primeiro momento, a saída do partido da base aliada do governo, caso Lupi fosse demitido. No entanto, diante da situação delicada e irreversível envolvendo o ex-ministro, Lupi conduziu negociações com o Palácio do Planalto para garantir que o PDT mantivesse sua participação no comando do Ministério da Previdência.
Mesmo após a saída de Lupi, o PDT segue com cargos importantes dentro da estrutura do Ministério da Previdência e do INSS, o que fortalece sua posição dentro do governo.Ainda conforme a reportagem, os integrantes da legenda avaliam que a permanência no governo é estratégica, pois o partido assumiria a responsabilidade por esclarecer os desvios no INSS e estaria mais exposto caso decidisse abandonar a aliança governamental.
Ao anunciar sua saída do ministério, Lupi fez questão de afirmar, por meio de suas redes sociais, que continuará colaborando com o governo nas investigações sobre os possíveis desvios de recursos no INSS. "Continuarei acompanhando de perto e colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho de nossos beneficiários sejam devolvidos integralmente", afirmou.
Fonte: Brasil 247