O julgamento de Roberto Jefferson no Supremo Tribunal Federal (STF) tem gerado grande apreensão entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, votou pela condenação de Jefferson a nove anos, um mês e cinco dias de prisão. Ele foi punido pelos crimes de subversão da ordem democrática, calúnia, homofobia e incitação ao dano qualificado.
Jefferson foi preso em outubro de 2022, após disparar tiros e lançar granadas contra policiais federais que cumpriam mandados de busca em sua casa. Desde então, ele está internado em um hospital particular, alegando problemas de saúde. A Procuradoria-Geral da República (PGR) o denunciou por incitar ataques ao Senado, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a parlamentares em vídeos e entrevistas feitas em 2021. Além disso, ele fez comentários homofóbicos, afirmando que a comunidade LGBT representava uma ameaça à "moral da família".
A condenação de Jefferson foi vista como uma possível indicação do que pode ocorrer no julgamento de Bolsonaro, já que Moraes também é relator do inquérito que investiga o ex-presidente e outras 36 pessoas por envolvimento em atos golpistas. Pessoas próximas a Bolsonaro acreditam que o ex-presidente poderá ser punido de forma severa, assim como Jefferson.
A Polícia Federal acusou Bolsonaro de crimes como tentativa de golpe de Estado, subversão da ordem democrática e formação de organização criminosa. Caso as acusações se confirmem, as penas podem somar até 28 anos de prisão, três vezes mais do que a sentença de Jefferson. Além disso, a Procuradoria-Geral da República pode classificar Bolsonaro como o "mentor intelectual" dos ataques golpistas de 8 de janeiro, quando extremistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Fonte: Brasil 247