A defesa do estudante João Henrique Soares Leite Bonfim, de 22 anos, entrou com um pedido na Justiça para revogar a prisão preventiva e substituí-la por medidas cautelares diversas, alegando que ele sofre de doença cardíaca e faz uso de medicação.
"O requerente sofre de uma doença cardíaca decorrente de má formação do septo atrioventricular (estenose pulmonar), já tendo sido submetido a algumas intervenções cirúrgicas e, atualmente, faz uso de medição de uso contínuo", alegam os advogados.
No documento a que o Piauí Hoje teve acesso, os advogados também alegam que ele mora com a avó, uma idosa de 91 anos, "sendo imprescindível aos seus cuidados".
Segundo a defesa, João Henrique "auxilia sua tia, Rosana Maria Callado do Bonfim, em tarefas básicas com a idosa, como dar banho, alimentar e fazê-la companhia".
João Henrique foi o causador do grave acidente de trânsito que vitimou Laurielle da Silva Oliveira e Francisco Felipe Oliveira Duarte. O acidente aconteceu na madrugada do domingo passado (1º), no cruzamento das Avenidas Jóquei Clube com Nossa Senhora de Fátima.
O casal estava em uma motocicleta quando foram atropelados pelo estudante, que ultrapassou o sinal vermelho em alta velocidade e estava em estado de embriaguez completa. Ele também dirigia com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida.
As vítimas deixam três filhos, duas meninas de 11 e 6 anos, de um relacionamento anterior, e um menino de apenas 3 meses.
Defesa pede que Justiça avalie a necessidade da prisão preventiva
Os advogados do rapaz argumentam que ele é primário e não possui antecedentes, além de ser estudante e funcionário de uma empresa de aluguel de automóveis.
"Portanto, a imputação em questão representa um fato isolado em sua vida, uma vez que não possui nenhuma condenação transitada em julgado em qualquer procedimento criminal anterior e dedica a sua vida ao trabalho e aos estudos", diz trecho do documento.
João Henrique já havia se envolvido em outro acidente em 2022. Na época, ele atropelou um motociclista usando o carro da tia e não era habilitado.
O estudante foi preso em flagrante logo após o acidente e teve sua prisão convertida em preventiva na tarde do domingo (1º), em decisão assinada pelo juiz Marcus Klinger Madeira de Vasconcelos, da Vara Núcleo de Plantão Teresina.
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