
A grande quantidade de vegetação que tem chamado atenção no Açude Caldeirão, em Piripiri, está sob investigação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
Técnicos do órgão estiveram no local nesta quarta-feira (7) para apurar a situação e identificar as causas do avanço da salvinha — planta aquática da família Salviniaceae, conhecida por se espalhar rapidamente em ambientes aquáticos.
A presença massiva da vegetação, especialmente concentrada em uma área do açude, pode ter sido intensificada por ventos fortes registrados nos últimos dias.
Mas o principal alerta dos técnicos é para um possível processo de eutrofização, que ocorre quando há excesso de nutrientes como nitrogênio e fósforo na água, favorecendo o crescimento descontrolado de plantas.
Segundo o biólogo e auditor fiscal ambiental Giovanni Carvalho, a equipe já colheu amostras de água para análise no laboratório da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
“A análise vai nos permitir entender o grau de impacto e definir as estratégias mais eficazes para preservar a qualidade da água”, explicou.
O diretor de Recursos Hídricos da Semarh, Felipe Gomes, destacou que o relatório final será divulgado assim que as análises forem concluídas. “Vamos publicar um relatório com as causas do fenômeno e as medidas que serão adotadas para proteger o Açude Caldeirão. A transparência é essencial nesse processo”, afirmou.
A salvinha não é tóxica, mas sua proliferação descontrolada pode comprometer a oxigenação da água, afetar a fauna aquática e prejudicar o uso do reservatório para abastecimento, lazer e pesca. A expectativa é que o estudo técnico oriente medidas eficazes de contenção e prevenção do problema.