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ELEIÇÕES FRANÇA

Extrema-direita vence primeiro turno das eleições parlamentares na França

Pleito teve recorde de participação e concretizou o favoritismo do grupo político de Le Pen

Da Redação

Segunda - 01/07/2024 às 09:01



Foto: Yves Herman/Reuters Eleitores durante eleições parlamentares na França
Eleitores durante eleições parlamentares na França

O partido de de extrema direita de Marine Le Pen, Reunião Nacional (RN), venceu o primeiro turnos das eleições parlamentares da França realizadas nesse domingo (30), com 33% dos votos. Enquanto o Nova Frente Popular, de esquerda, ficou com 28% dos votos, e o bloco centrista do atual presidente Emmanuel Macron, atingiu 20% dos votos, informou o Ministério do Interior Francês. 

O pleito teve recorde de participação em 40 anos e concretizou o favoritismo do grupo político de Le Pen.

Macron sugeriu aliança entre candidatos republicanos e democráticos antes da divulgação dos resultados para o segundo turno das eleições que já vão acontecer no dia 7 de julho. Contudo, Marine Le Pen do partido extremista,  pediu aos franceses que deem a maioria absoluta no Parlamento à sua sigla no segundo turno. O cenário pode se tornar inviável para Macron nos três anos restantes de seu mandato. 

Nomes da coligação de esquerda, a Nova Frente Popular (NFP), indicaram uma aliança com Macron ou até o apoio total ao bloco de centro. Jean-Luc Melanchon, o líder da França Insubmissa, um dos partidos que integram o bloco da esquerda, disse após a votação que vai retirar seus candidatos caso a coligação termine em terceiro.

Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente, que é eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas que na prática é quem ganha o protagonismo no governo. 

Governo de coabitação 

Se os partidos do primeiro-ministro e o presidente sejam diferentes, a França entra em um governo de "coabitação" que ocorreu somente três vezes no país e pode se repetir no governo de Macron. Isso porque, neste caso, o premiê assume as funções de comandar o governo internamente, propondo, por exemplo, quem serão os ministros.

O primeiro-ministro atual, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas, se as pesquisas se concretizarem, quem deve assumir o cargo é o Jordan Bardella, de apenas 28 anos, o principal nome do partido de extrema direita de Le Pen, o Reunião Nacional (RN).

Fonte: G1

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