
O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (28) que o conclave para a eleição do novo papa começará no dia 7 de maio. A decisão foi tomada durante uma reunião a portas fechadas entre os cardeais, realizada após o funeral do Papa Francisco, falecido no dia 21 de abril aos 88 anos.
Participarão do conclave 135 cardeais de 71 países. Todos têm menos de 80 anos, conforme determina a legislação canônica, e estão habilitados a votar. Desses, 108 foram nomeados pelo próprio Francisco durante seu pontificado.
O processo ocorrerá na Capela Sistina, onde os cardeais permanecerão em regime de isolamento, sem acesso a meios de comunicação. Eles ficarão hospedados na Casa Santa Marta, dentro do Vaticano. A votação acontecerá em sessões diárias — duas pela manhã e duas à tarde.
Para a eleição de um novo papa, é necessário que um candidato obtenha ao menos dois terços dos votos. A tradicional fumaça preta indica que nenhum nome foi escolhido. Quando houver consenso, a fumaça branca anunciará ao mundo que um novo pontífice foi eleito.
A preparação para o conclave seguiu o rito do "Novendiales", nove dias de missas e orações em memória do papa falecido, finalizado no sábado (4). Durante esse período, os cardeais também realizaram reuniões gerais para discutir o futuro da Igreja e tratar de questões administrativas.
O cenário da eleição é considerado um dos mais diversos da história. Grande parte dos cardeais eleitores vem de fora da Europa, refletindo a prioridade que Francisco deu a regiões como África, Ásia e América Latina durante suas nomeações.
A diversidade pode influenciar a escolha do novo líder da Igreja Católica, que hoje reúne cerca de 1,4 bilhão de fiéis. Nos dois últimos conclaves, realizados em 2005 e 2013, a escolha do papa foi concluída em apenas dois dias. Ainda não há previsão sobre quanto tempo o processo deverá durar desta vez.
Entre os possíveis nomes cotados para a sucessão estão o cardeal italiano Matteo Zuppi, ligado ao diálogo inter-religioso; o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, com forte atuação missionária; e o cardeal guineense Robert Sarah, associado a posições conservadoras.
O novo papa será o 267º líder da Igreja Católica.
Fonte: Brasil 247