O Brasil assumiu hoje (1º) a presidência rotativa do Brics, grupo formado por países emergentes, com o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”. O principal desafio será integrar nove novos membros ao bloco, que agora conta com países como Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia e outros.
Uma das prioridades do Brasil será impulsionar o uso de moedas locais no comércio entre os membros, reduzindo a dependência do dólar. Segundo o professor Paulo Borba Casella, da USP, o país terá que liderar a organização do bloco ampliado, que agora tem dez membros efetivos e vários parceiros associados.
O Brics representa mais de 40% da população mundial e 37% do PIB global, superando o G7 em influência econômica. Além disso, busca maior representatividade para países da Ásia, África e América Latina em instituições globais como a ONU e o FMI.
A ampliação do bloco ocorre em um momento de tensões com os Estados Unidos, especialmente após Donald Trump ameaçar taxar produtos de países que abandonem o dólar. No entanto, especialistas avaliam que o Brics pode fortalecer sua posição como uma alternativa à ordem econômica dominada pelos EUA.
Fonte: Agência Brasil