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ATAQUES AÉREOS

Ataque aéreo de Israel deixa pelo menos 45 mortos na Faixa de Gaza

srael afirmou que o alvo do ataque aéreo era um complexo do Hamas em Rafah e que os locais atingidos "eram legítimos sob as leis internacionais"

Da Redação

Segunda - 27/05/2024 às 10:04



Foto: — Foto: Reuters Ataque de Israel em Rafah deixa mortos e feridos neste domingo (26)
Ataque de Israel em Rafah deixa mortos e feridos neste domingo (26)

Cerca de 45 pessoas morreram durante um ataque israelense em uma área designada para deslocados em Rafah, na Faixa de Gaza, nesse domingo (26). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27) pelo Ministério da Saúde de Gaza. O ataque também deixou dezenas de feridos. Tendas de ajuda humanitária no local pegaram fogo após as explosões.

Este é o segundo dia de ataques do Exército israelense em Rafah, a cidade no extremo sul de Gaza para onde cerca de 1,5 milhão de palestinos fugiram dos ataques israelenses no restante do território palestino. Israel afirmou que o alvo do ataque aéreo era um complexo do Hamas em Rafah e que os locais atingidos "eram legítimos sob as leis internacionais". Dois líderes do grupo foram mortos na operação, de acordo com uma publicação do Exército israelense.

Em uma mensagem, Israel disse ainda que os alvos foram "definidos com base em informações precisas" que indicavam que a área era usada pelo grupo. O Exército israelense afirmou estar ciente sobre os civis feridos no ataque e que está analisando o caso. A Médicos Sem Fronteiras publicou uma mensagem informando que ao menos 15 mortos foram levados para um ponto de apoio da organização e pediu por um cessar-fogo imediato em Gaza.

Na sexta-feira (24), a Corte Internacional de Justiça, o tribunal mais alto da Organização das Nações Unidas (ONU) para julgar disputas entre Estados, ordenou que Israel interrompesse todas as operações militares em Rafah. A decisão é obrigatória, mas o tribunal não dispõe de força policial para garantir seu cumprimento.

A corte também determinou que o governo israelense permitisse a entrada de ajuda humanitária pela fronteira entre o sul de Gaza e o Egito, além de garantir o acesso de observadores externos para monitorar a situação. Em resposta à ordem da Corte Internacional, o governo de Israel disse que as alegações apresentadas são "falsas, ultrajantes e nojentas" e que a campanha militar "não levou e não vai levar à destruição da população palestina civil em Rafah".

O Hamas, em comunicado, disse que o plano do tribunal de enviar representantes à Faixa de Gaza é bem-vindo e prometeu cooperar. Com a ordem, caminhões com ajuda humanitária vindos do Egito começaram a entrar na Faixa de Gaza através da passagem de fronteira de Kerem Shalom, controlada por Israel, neste domingo, informou o canal egípcio Al-Qahera News.

Duzentos caminhões seguiram do lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah, fechada desde o início de maio, quando Israel tomou o controle do lado palestino do terminal, até a passagem de Kerem Shalom, a uma distância de quatro quilômetros, informou a emissora.

Ainda neste domingo, o Hamas lançou foguetes contra Tel Aviv, em Israel, fazendo com que as sirenes de alerta fossem acionadas pela primeira vez em quatro meses. As forças militares israelenses afirmam que, no sul de Gaza, na região de Rafah, pelo menos oito foguetes foram disparados e vários foram interceptados.

Fonte: G1

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