
Quase dez anos após rompimento da barragem em Mariana (MG), que deixou 19 mortos e milhares de atingidos, as empresas mineradoras Vale e Samarco enfrentam nova ação judicial, no valor de US$ 3,8 bilhões.
O processo foi lançado na Holanda, movido pela Stichting Ações do Rio Doce, uma fundação holandesa sem fins lucrativos, em nome de sete municípios brasileiros, 77.000 indivíduos e quase 1.000 empresas e associações afetadas pelo desastre.
O processo foi apresentado na Holanda pela empresa holandesa Lemstra Van der Korst e pela empresa britânica Pogust Goodhead, que também apresentou um processo semelhante na Grã-Bretanha contra a empresa de mineração australiana BHP.
Em nota, a Vale reforçou “o seu compromisso em apoiar a reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão”.
Informou ainda que, até 29 fevereiro de 2024, foram destinados 36,51 bilhões de reais às ações de reparação e compensação a cargo da Fundação Renova, entidade criada para gerenciar e implementar as medidas de reparação e compensação ambiental e socioeconômica. Do valor total, 14,07 bilhões de reais foram para o pagamento de indenizações e 2,75 bilhões de reais em Auxílios Financeiros Emergenciais, totalizando 16,82 bilhões de reais para 441,7 mil pessoas.
O rompimento da barragem da mineradora Samarco na cidade de Mariana, em 2015, causou um gigantesco deslizamento de lama que poluiu a bacia do Rio Doce, até a foz no Espírito Santo, impactando dezenas de municípios no caminho. A Vale é proprietária da Samarco em parceria com a mineradora australiana BHP.