O Governo do Piauí renovou, nesta segunda-feira (17), por meio de publicação no Diário Oficial do Estado, o decreto que reconhece situação de emergência devido à seca em diversas regiões. O documento inclui oito novos municípios: Campo Grande do Piauí, Oeiras, Palmeira do Piauí, Piripiri, Regeneração, Riacho Frio, Ribeira do Piauí e Wall Ferraz. Com isso, sobe para 125 o número de cidades atingidas pela estiagem prolongada.
Segundo o governador Rafael Fonteles (PT), a medida garante continuidade às ações emergenciais e estruturantes que já estão em andamento. O chefe do Executivo destacou que o conjunto de iniciativas envolve mais de R$ 1 bilhão em investimentos, somando esforços do governo estadual, governo federal e da concessionária Águas do Piauí.
Ações emergenciais e estruturantes
O pacote inclui medidas imediatas, como a Operação Carro-Pipa, ampliação do sistema de abastecimento de água, instalação de cisternas, construção de adutoras e barragens, além de programas sociais que garantem renda às famílias afetadas e aos agricultores que perderam suas lavouras, como o Garantia-Safra e auxílios emergenciais.
“Então, sobre todos os aspectos, nós temos políticas públicas sendo executadas. É claro que a estiagem foi muito mais severa do que nós imaginávamos, é a maior dos últimos 10 anos e ainda persiste. Nesse momento, portanto, as ações continuam, o decreto de emergência foi renovado exatamente para garantir que não haja nenhuma descontinuidade nessas ações”, explicou Rafael Fonteles.

Seca continua avançando
A atualização do decreto atende a análises técnicas da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que identificou agravamento da seca no segundo semestre. O órgão aponta aumento das áreas classificadas como Seca Grave (S3) e Seca Extrema (S4), além de previsão de chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas para os próximos meses.
De acordo com a diretora de Resposta da Defesa Civil do Piauí, Yvana Dantas, segundo o monitoramento climático, a falta de recarga hídrica já provoca exaustão de reservatórios e poços artesianos, especialmente em áreas de solo cristalino.
“São municípios que estão em situação de seca grave ou extrema e fizeram uma solicitação por meio de ofício. A Defesa Civil segue monitorando os impactos e apoiando as ações de resposta dos municípios do decreto”, explica a gestora.
Relatórios da Semarh mostram que, entre junho e agosto, houve expansão da seca e o primeiro registro de seca extrema no sudeste do estado. Nos meses seguintes, a estiagem avançou para outras regiões e intensificou prejuízos na agricultura, na pecuária e no abastecimento das zonas rural e urbana.
Estado mantém articulação com União
Com a renovação do decreto, o Estado pode continuar enviando relatórios ao governo federal para solicitar o reconhecimento federal do desastre. Isso permite a liberação de recursos para ações de socorro e assistência imediata à população afetada.
Fonte: Com informações da Secom
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