O Governo do Estado quer emitir 60 mil novas carteiras de habilitação até 2030 para formar motociclistas mais conscientes, que respeitem as leis de trânsito. A meta é parte do programa CNH Social Estudantil, que terá sua primeira leva de carteiras entregue nesta segunda-feira (29), no Centro de Formação de Professores Marcílio Flávio Rangel de Farias, na zona Norte de Teresina, a partir das 17h, com a presença do governador Rafael Fonteles.
A diretora-geral do Detran-PI, Luana Barradas, explica que a iniciativa é uma resposta direta aos números alarmantes do trânsito local. "No Piauí, cerca de 70% das vítimas de acidentes de trânsito são motociclistas, muitos deles sem habilitação. Por isso, nosso foco é contribuir para um trânsito mais seguro". O programa oferece de forma gratuita toda a formação e os exames para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A, que permite dirigir motocicletas.
A execução do projeto é uma parceria entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PI), responsável pela parte técnica como aulas e exames, e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que fez a mobilização dos estudantes nas escolas estaduais.
A adesão ao programa já é significativa, com 10 mil inscrições registradas apenas em 2025. A intenção do governo de transformar a iniciativa em uma política pública de longo prazo, promovendo cidadania e responsabilidade no trânsito.
A educação para um trânsito seguro é uma frente que vem sendo trabalhada no estado. Em julho de 2025, a Assembleia Legislativa aprovou em primeira votação um projeto que cria a Política Estadual de Educação no Trânsito nas Escolas, uma parceria proposta entre Detran e Seduc para incluir o tema no currículo escolar.
Paralelamente, órgãos de segurança reforçam a fiscalização. A Secretaria da Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) realiza operações e campanhas como "Cadê o capacete?" para conscientizar condutores. Dados do Observatório do Trânsito da SSP-PI indicam que os horários de pico concentram muitos acidentes com motociclistas, e que a falta do capacete é um fator comum em casos de sequelas graves ou fatais.
Fonte: Governo do Estado
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